domingo, 23 de novembro de 2008

Treinamento

Respira, concentra, 1, 2, 3...

mantenha as expectativas baixas...
mantenha as expectativas baixas...
mantenha as expectativas baixas...
mantenha as expectativas baixas...

... tão difícil isso quando o que aconteceu superou todas as expectativas...

mas vamo lá... respirando fundo... 1, 2, 3... concentra...

oooowmmmmm

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Amor forjado a fuego lento

Lembro nitidamente, como se já não tivessem se passado mais de seis anos. Ele entrou, com aquele sorriso tão branco e franco, aquele ar de menino que sabe que é lindo, mas é inseguro demais para admitir... Lembro de detalhes mínimos, como o tom exato da camisa salmão, o brinco na orelha esquerda, o pescoço e os dedos longos. Se aquilo não foi paixão à primeira vista, diria que foi a melhor primeira impressão que poderia ficar. 

Corta para hoje à tarde. Chimarrão entre amigas, conversa sobre dores, amores e assemelhados, conto como nos conhecemos e o que rolou até então até nosso último encontro, meses atrás. A outra diz:

- Vocês ainda vão casar! É amor à quinquagésima vista... moldado aos poucos, com amizade e respeito, a melhor coisa que existe.

- Capaz... - não-gaúchos, esse "capaz" aqui foi usado na conotação usual do gauchês clássico. Maiores informações aqui , que por sua vez foi tirado daqui.

- Por que não?

É... e por que não? Afinal? Quais são os ingredientes essenciais do amor? Afeto (temos), respeito (temos), tesão (ô!), amizade (sempre), cumplicidade (sim), empatia (desde o início), sinceridade (até demais), gostos, sonhos e vontades semelhantes (sim, a maioria sim), tempo e conhecimento (6 anos?). Humm acho que temos quase tudo, então o que falta?

Na verdade, sobram 1500km que nos separam e que, ao menos a parte que me toca, nunca me permitiram me entregar totalmente a esse sentimento por medo de sofrer com a distância. Em 6 anos, estivemos juntos fisicamente, muito poucas vezes, porém, sempre presentes um na vida do outro. Não ficamos mais de uma semana sem ao menos um "alô", temos uma cumplicidade enorme e dividimos sempre nossos momentos de alegrias e de tristezas. Durante esse tempo, obviamente que cada um teve inúmeras relações com outras pessoas, relações sérias, passageiras, boas ou ruins e sempre conversamos sobre elas nos aconselhamos, contamos nossos sonhos e frustrações. 

Trocamos intimidades inconfessáveis, crimes imperdoáveis e desejos impublicáveis. Poderia ter virado apenas uma relação de amizade, não fosse a moleza no joelho quando estamos perto, o estado febril quando nos tocamos e o encaixe perfeito dos meus dedos nas curvas do seu cabelo e dos seus braços (e abraços) nas minhas costas. E então, quando de longe ele chora por mais uma desilusão e me diz que quer muito encontrar alguém com tais e tais características, vejo que me enquadro em todas elas e me pergunto "por que não eu?". E quando eu choro com ele por mais uma decepção e penso em tudo o que eu gostaria de encontrar em um companheiro, vejo que ele tem tudo o que eu sempre procurei e me pergunto "por que não ele?" 

O fato é que somos românticos demais para acreditar que o amor não deva começar de forma avassaladora. E somos céticos demais para acreditar que uma relação possa sobreviver a essa distancia. 

Mas quem sabe o que o futuro nos reserva e talvez todo esse turbilhão de relações mal sucedidas (e compartilhadas) sirvam para nos unir um dia, se a distância deixar de existir. Ou quem sabe um dia a gente resolva investir e arriscar e veja que só combinávamos porque de fato não convivíamos e que a realidade é bem diferente dos encontros fugazes de "lua-de-mel" que tivemos. Seja lá qual for a resposta, a cada novo contato, a cada lembrança de cheiro ou toque, cada vez mais tenho vontade de apostar e ver no que dá. Por que não? 

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Como sempre...

De volta ao clã das baixas expectativas!

Cheers!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

who`s the man?

Parece que eu e a sócia estamos sendo testadas a ser os homenzinhos da relaçao (ou ainda-não-relação).

Pelo menos é uma situação nova... Pelo menos p/ mim.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Chá de Doril

Dissolvendo Superegos também é utilidade pública, entonces, publico aqui, a matéria que saiu aqui (só para o caso de ela sair do ar):

Sem deixar vestígios

Dificuldade de dizer não a uma mulher faz do homem um especialista em sumir da noite para o dia

Você conhece um cara legal, começa a sair com ele e, quando tudo parece que está engrenando, ele some. Do homem interessado e galanteador ficou só a lembrança. Ele nem sequer se deu ao trabalho de dar uma desculpa esfarrapada por e-mail. Não atende ao telefone, não responde mensagens e também não circula mais pelos mesmos lugares. Evaporou. Até o dia em que resolve reaparecer – geralmente quando você já está em outra.


Não se preocupe. Você não é um caso isolado. A queixa de que os homens somem sem dar explicação é recorrente entre as mulheres. Por isso, DonnaZH saiu às ruas para tentar entender o fenômeno. Percorremos academias, parques, bares e empresas de Porto Alegre para apurar a queixa feminina.

Foram entrevistados homens nas faixas de 20, 30 e 40 anos, com diferentes profissões. O resultado é surpreendente: mais de 80% declararam de imediato que sim, já tinham desaparecido. E mais de uma vez.

A seleção de depoimentos publicada nesta reportagem revela que a dificuldade de dizer não a uma mulher é muito comum, seja depois de uma única noite ou de uma série de encontros. E por motivos bem variados.

Ao justificar o próprio desaparecimento como o único jeito de terminar o relacionamento, boa parte dos entrevistados falou em tese sobre a natureza masculina. Nesse contexto, veio à tona:

1) A eterna dificuldade dos homens de assumir um relacionamento.

2) As formas sutis (ou nem tanto) das mulheres para tornar a relação algo mais sério antes do tempo.

3) O medo de uma reação intempestiva da parceira (eles odeiam ver mulheres chorar).

Teve, ainda, quem fez questão de deixar claro que, antes de tomar o famoso chá de sumiço, tentou conversar, mandar sinais, mas não obteve sucesso. A versão coincide com a visão do psicanalista Mário Corso:


– As mulheres são surdas – alerta o psicanalista. – Muitas vezes, eles tentam falar, mas elas não escutam. Até que eles acabam sumindo mesmo. Aí, elas vão para o consultório para entender o que houve. Perguntam-se “o que eu fiz, onde eu errei”. Há muitos homens infantis, mas a grande resposta normalmente é bem simples: nem todo mundo se apaixona por você.

Se acabar um relacionamento por e-mail já pode ser considerado um insulto, deixar de atender ao telefone e ignorar a pessoa que até há pouco tempo fazia parte do cotidiano pode ofender ainda mais. Falta de coragem, de caráter?

A verdade é que sumir do mapa não é prerrogativa masculina. Mulheres também somem. Mas o silêncio faz parte do jeito masculino de se relacionar, dizem especialistas. Autora do trabalho O Telefonema do Dia Seguinte, a psicanalista Angela Brasil diz que há questões inconscientes ligadas à família que atrapalham as relações amorosas.

Ela afirma que o homem se dá conta do pânico que sente cada vez que se apaixona ou quando quer sair de uma relação, o que o torna incapaz de encontrar as palavras certas.


– Ele entende que as mulheres são queixosas, demandantes e sempre insatisfeitas – enumera Angela. – Elas sabem discutir e argumentam com mais facilidade. Por isso, eles preferem o silêncio, o desaparecimento, para não correr o risco de ficarem presos à trama feminina e serem novamente tragados pelo fascínio da mulher e continuar na relação – conclui.



Os 8 sinais
Saiba quando eles estão prestes a desaparecer
1 Os homens são práticos e encontram mais rápido a certeza de que o relacionamento não vai dar certo. Fique atenta.
2Ausências e desculpas, como falta de tempo, podem ser sinais de que ele está prestes a sumir. Mas atenção: é importante não confundir esse comportamento com o de um homem muito ocupado por conta de seu trabalho.
3 Beijos apaixonados passam a ser selinhos rápidos.
4Os jantares românticos, o sexo e o tempo que passam juntos caem abruptamente.
5Preste atenção de como se sente durante o sexo. Certifique-se de que ele está lá.
6Ele começa a acostumar você a vê-lo como um amigo.
7 Tapinha nas costas durante um abraço.
8 Pequenas mentiras.
DICAS DE SOBREVIVÊNCIA
- Evite transar no primeiro encontro. Os homens têm diferentes interpretações sobre essa atitude.
- Deixe ele se esforçar para conquistar você.
- Só saia com ele se o convite for feito com antecedência. Você é uma mulher ocupada, interessante e solicitada. Portanto, não está disponível tão facilmente.
- Fale por pouco tempo ao telefone e seja a primeira a desligar, com toda educação, claro.
- Os caminhos da paixão são imponderáveis. Há mulheres lindas que não conseguem conquistar o homem que desejam – e vice-versa. Você não fez nada errado, apenas não deu certo.
- Cuidado com o narcisismo. Você é bonita, mas nem todo homem vai sucumbir aos seus encantos.
- Se o romance começar como uma aventura, o compromisso pode evoluir. Mas é preciso tempo. Não tente institucionalizar a relação antes do tempo.
- O homem de hoje está em uma situação difícil com a perda do lugar social de conquistador. Ele precisa, às vezes, sustentar a sua masculinidade.

lucia.pires@zerohora.com.br

LUCIA PIRES

E agora o melhor: os depoimentos!! (se clicar na imagem não adiantar, melhor ir no link da matéria ou me pedir por mail mesmo...)





sábado, 4 de outubro de 2008

Manual de instruções

Essa não aconteceu comigo e sim com uma amiga minha, ainda hoje. Ha exatos dois dias atrás, ela conheceu um cara, que, como todos, foi carinhoso, apaixonadinho, prometeu mundos e fundos. E, como todos, escondia um "podre" embaixo do tapete. No caso, ele escondia um "dedo podre" na mão direita (pelo menos era na direita ainda!)

Well, pois mesmo aprontando e ficando moita, mesmo sendo mais uma canoa furada para essa minha amiga que já cansou de Titanics, mesmo com tudo errado, ele não deixou de seguir a cartilha do homem padrão. Esperou os dois dias de praxe, (prazo incutido no dna masculino) para ligar para ela e prometer mais mundos e fundos, desde que em segredo.

Vem cá? Será que até para ser cafageste tem que marcar hora? Seguir manual? Vamos reclamar os direitos de consumidor, gurias?

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

mais uma pérola dos anos 80...

... da minha adolescencia... e que fala até hoje. Será que ainda sou adolescente p/ essas coisas?

Garotos

Paula Toller também fala por mim no momento... :-(

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Doce Canalha

Carpinejar é rei!! Justo quando estou cheia de idéias para escrever, tanta coisa entalada na garganta por dizer, e nenhuma condição de fazê-lo (gesso na mão direita), vem ele e fala tudo por mim. Aliás, ele é um dos que costuma falar por mim, junto com a Claudia Tajes, a Tati Bernardi e tantos outros cronistas sensacionais. Ontem tive o prazer de conhecer os dois primeiros, o que só aumentou minha admiração. Mas chega de enrolação! Ao texto entonces!

"O CANALHA (Fabrício Carpinejar)

O amor é sacana. Ninguém está imune. Ninguém confere certidão de casamento, de nascimento ou de óbito para se envolver. Vai virar o rosto para os compromissos. Não queremos nos apaixonar e nos apaixonamos. O cara não presta e seguimos em frente. Vimos que ela é interesseira e fechamos os ouvidos. Contrariamos os próprios conselhos porque o amor é sacana. Contrariamos as crenças porque o amor é sacana. O amor abre até as portas deitadas.
Acredito que existe o conto de fadas do canalha, versão adulta e pornô do Patinho Feio. A mulher percebe que o sujeito não é flor que se cheire, fala para todo mundo da aversão ao comportamento dele, um tanto machista e presunçoso. Nota que sai com diversas mulheres, uma em cada noite. É o típico homem que sofre da infidelidade congênita. O que ela faz? Era de se esperar que mantivesse distância. Entretanto, ela se apaixona. Não há vacina ao desejo, talvez o único remédio que o neutralize, mesmo que não cure completamente, são as pantufas. Pantufas grandes e hirsutas, histéricas e velhas, afugentam a sensualidade. É o contraponto ao excitante salto alto. A mulher bebe do veneno para apressar a cura. É tomada de uma fúria santa, doida, inexplicável pelo canalha. A hostilidade atrai, inquieta, desestabiliza. Não, ela não deseja o canalha, é capaz de desejá-lo durante uns dias, pela vida inteira não. Aspira à conversão. Assume um misticismo sexual. Calcula uma saída à geometria de músculos e fúria, como se ele fosse um cavalo selvagem a ser contido pela sela. Confia que será diferente com ela. Ela salvará o canalha. Ele foi canalha porque não a conheceu antes. Canalha Antes de Cristo. Já cogita casamento e filhos, uma casa com pátio ou um apartamento com varanda. Aposta alto com as armas que dispõe, o ciúme e a posse. Bate ainda um orgulho competitivo de mostrar às ex do canalha que conseguiu corrigi-lo. Só mulher entende esse duelo de memórias, essa vingança velada e implícita. O canalha tampouco ambiciona ser viúvo de seus vícios. Espera receber alta, pode não conseguir, pode tentar e fracassar. Dorme pouco para não perder a chegada da paz de manhã. Espera uma paixão redentora para reaver a adolescência e voltar a sentir o tremor das pernas. Anseia superar a indiferença que o impele a dispensar as mulheres e abreviar os relacionamentos. Aguarda ter novamente a insegurança das palavras, o risco de ser magoado e magoar. O canalha está cansado de sua reputação, do esforço para manter a fama de cafajeste, da rotina de não se importar. É difícil, é raro, duro de suportar, mas o maior amor, o amor mais leal e puro, pode vir de um canalha arrependido."

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

ouch!



Dúvidas, sempre elas...

No dia em que:

- me dão um clique de por que eu sempre estou na qualidade de outra - sim, Freud explica e eu sempre competi com minha irmã... o que faz muito sentido;

- me dou conta que a criaturinha da vez não merece o meu stress (ou não tem merecido) e que provavelmente, se tudo seguisse bem logo eu estaria cansada a sua atitude reativa e mandaria às favas assim que o furor da paixão amornasse;

- ele some do lugar mais óbvio, me deixando na expectativa, na saudade e neutralizando, ou, ao menos fazendo oposição ao item acima... sim, saudade + paixão = cegueira burra

Justo NESSE dia, tiro minha cartinha de praxe e, tchanãnãnãnnn


Os Enamorados
A importância do bem escolher
O arcano VI do Tarot, chamado “Os Enamorados”, emerge como arcano conselheiro neste momento de sua existência, Charlotte. A recomendação para este momento é que você cesse os movimentos a fim de fazer escolhas mais racionais, uma vez que você se verá numa encruzilhada difícil de resolver. Não faça escolhas a partir de caminhos aparentemente mais fáceis, não se deixe guiar por impulsos emocionais levianos. Aceite a dúvida como algo que liberta, que permite que se pense melhor sobre tudo. Não se deixe guiar por impulsos emocionais e dê tempo ao tempo. Se você não consegue tomar uma atitude por não conseguir chegar a um resultado final, melhor nada fazer e esperar um tempo mais adequado. Conselho: Melhor esperar do que escolher precipitadamente.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Em tempo

Seria eu uma bulímica do amor?

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Coração com efeito sanfona

Pois é... minha dieta irregular de paixões e decepções mais uma vez me afetou. Mais uma paixão avassaladora, felicidade transbordante, excessos em tudo, porre de sentimentos, ressaca, mal estar, e finalmente, colocar tudo para fora - ou seria jogar tudo fora? - E agora estou aqui, com o coração murchiiiinho, magriiiinho, fraco, ferido, sem a menor vontade de bater forte ou se doar para alguém.

E o que mais me irrita é que SEI que em pouco tempo, o que me causou essa indigestão, vai voltar, justo quando eu estiver bem, satisfeita, servida e feliz. E o que é pior... eu vou dar uma de gulosa e aceitar! Quando é que eu vou aprender a alimentar direito o coração? Quando é que eu vou deixar me alimentar de paixões com prazo de validade vencido, por pura gula ou de aceitar restos de paixões alheias por uma fome insasciável capaz de me deixar doente?

A única coisa que me consola é que, estando em plena descida da montanha russa que é minha vida amorosa, o próximo passo será uma subida. Em outras palavras, no fundo do poço sempre tem uma mola e meu coração não vai morrer de inanição.

sábado, 30 de agosto de 2008

El amor después, del amor, talvez...

Tirei do perfil de uma grande amiga porque tinha que compartilhar aqui. Endosso, engrosso e faço coro!! (viu, Lou, aprendi que nao é caldo hehehe)


"(...) Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão covardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, banancides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra (...)."
Miguel Esteves Cardoso

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Diagnóstico



SINTOMAS:

- mãos mais suadas do que o usual
- brilho acentuado nos olhos
- fraqueza nos joelhos
- rosto ruborizado
- aumento da temperatura corporal.
- tremores
- dificuldade de respirar, gerando grandes suspiros.


DEVE SER GRIPE... OU FEBRE

- euforia
- taquicardia
- confusão mental
- distração extrema
- parecer flutuar
- amigos demonstrando preocupação


ESSA GURIA TÁ SE DROGANDO?

Quase isso... na verdade, aqui estou eu, à mercê do meu maior e mais delicioso vício. A paixão, que segundo Schopenhauer, é um engodo que nossos organismos nos aprontam, fazendo com que, através de sensações extremamente agradáveis, nos impulsionemos em direção à reprodução, para, só depois percebermos que aquela pessoa que tanto calafrio nos causava, nada tem a ver conosco (ou não).

ANYWAY! Não me interessam as razões evolutivas da paixão! O fato é que sou absolutamente viciada nessa química deliciosa, que cura qualquer doença, mau-humor, tpm, depressão, preguiça.


Aos amigos preocupados, aviso que sei sim, das conseqüências desse tipo de vício, como qualquer outro, aliás. E que estou disposta a corrê-los, por esses fugazes momentos de sensações intensas e maravilhosas. E se eu der de cara na parede (como na maioria das vezes aliás), já que a paixão é engodo e é raro sobrar amor depois que passa? Sinceramente, não se preocupem! Estou mais do que acostumada à isso e sobreviverei! Acho inclusive que a choradeira de término de uma paixonite faz parte da mesma. Vinícios já disse, em seu Canto de Ossanha "... o amor só é bom se doer". Ok, infeliz em escolher o termo amor, mas Vinícius tem todo o direito de uma licença poética. Mas é isso... a paixão da boa mesmo é aquela que dói, desestabiliza e acaba por nos mudar e nos fazer crescer (ao menos um pouquinho no final do processo). Sim, provavelmente eu vá chorar um pouquinho nos colos, ombros e ouvidos de vocês, mas garanto que será por pouco tempo e que logo logo a salada hormonal faz seu serviço e eu volto a flutuar. E aos amigos que acharem tudo isso um absurdo e se negarem a participar, estão livres para me dizer "sai prá lá, mala! Entrou na encrenca agora te vira!"

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Como uma luva...

Recebi hoje por e-mail da minha terapeuta - beijinhos, obrigada, amei! - um textinho cuja a autoria eu desconheço (não vou colocar que é da Martha Medeiros, do Luis Fernando Veríssimo ou do Jabor hehehe). Acho que é valido para as 2,5 leitoras disso aqui.

REFLEXÕES SOBRE RELACIONAMENTO

1. Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida.
Detesto quando escuto aquela conversa:
'Ah, terminei o namoro...'
'Nossa, quanto tempo?'
'Cinco anos...Mas não deu certo...acabou'
'É não deu...'
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.

2. Hoje, no alto dos meus 33 anos e tiozão, não acredito muito nos 'opostos
se atraem'. Porque sempre uma parte vai ceder muito e se adaptar demais.
E sempre esta será a parte mais insatisfeita.
Acredito mais em quem tem interesses em comum.
Se você adora dançar forró, melhor namorar quem também gosta de forrosar, se você gosta da cultura italiana, melhor alguém que também goste.
Freqüentar lugares que você gosta ajuda a encontrar pessoas com interesses parecidos com os teus.
A extrovertida e o caretão anti-social é complicado, e depois, entra naquela
questão de um querer mudar o outro, ui...!
Pessoas mudam quando querem. E porque querem. E pronto. E demora...!

3. Cama é essencial!
Aliás pele é fundamental. E tem gente que é mais sexual, outras que são mais tranqüilas.
O garanhão insaciável e a donzela sensível, acho meio estranho.
Isto causa muitas frustrações, e dá-lhe livros de auto ajuda sobre sexo.
Assim como outras coisas, cada um tem um perfil sexual.
Cheiro, fantasias, beijo, manias, quanto mais sintonia, melhor.

4. Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
As vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
As vezes ele é carinhoso , mas não é fiel.
As vezes ele é atencioso , mas não é trabalhador.
As vezes ele é malhado, mas não é sensível.
Nós não conseguimos ter tudo ao mesmo tempo.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.

5. Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai/mamãe mais básico que é uma delícia. E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante..., e se o beijo bate..., se joga. Senão bate..., mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.

6. Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos. Mas se a
pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, pressão de família?
O legal é alguém que está com você e por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?

7. Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.
Faz parte. Você namora um outro ser ,um outro mundo e um outro universo.
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.

Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar..., ou se apaixonar..., ou se culpar.
Enfim...quem disse que ser adulto é fácil?

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Freud Explica

Nuóóóssa senhora... Há milênios estou devendo seguir com a saga do zodíaco e terminar de uma vez com essa pataquada, para podermos finalmente falar de outras classes de gajos (como os trabalhadores noturnos, por exemplo). Paramos aqui, com La Galarina descrevendo nossa outra sociedade, dividindo um cabrito.

Pois... cabritos. Empaquei. Tenho tanto para falar e ao mesmo tempo tão pouco... O fato é que Capricornianos sempre me instigam, se me interesso por um cara logo à primeira vista, pode ter certeza que ele é capricorniano. O jeito sério de quem trabalha para sustentar a família e de que vai te proteger contra tudo e todos é irresistível para mim. Mas não tive uma história sequer com nenhum capricorniano com final feliz. Ou eles cansam em dois dias do meu aguaceiro todo ou eu morro tossindo soterrada em tanta terra e saio correndo rapidinho antes que seque e me torne tão cética e cínica quanto a maioria deles. Na verdade acho que as duas coisas acabam acontecendo simultaneamente, nos atraímos como opostos de um imã, para logo nos repelirmos por descobrirmos polos, no fundo, parecidos.

Se câncer é a mãe do zodíaco, capricórnio é o pai. E talvez Freud explique esse meu bloqueio total em falar do assunto. Mas agora, nessa fase em que as duas donas do blog estão no meio de um turbilhão de terapia, mexer nessas coisas não vai dar bom resultado, então... posso pular essa parte? Lou, por favor, manda o aquário antes que a água parada dê mosquito!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

não deu nem para fingir...

Eu juro que tentei para que mais uma vez o dia do orgasmo não passasse em brancas nuvens por aqui, mas não deu. Sócia de blog, cadê você que lembra sempre dessas datas em tempo hábil?

Bueno, tô desde ontem tentando postar, mas o youtube não está colaborando comigo para um dia do orgasmo mais feliz. Mas como a filosofia tântrica prega o adiamento do prazer para um prazer ainda maior, estou tentando mandar o post, mesmo com atraso.

Já que o youtube não está ajudando, cliquem aqui nesse link e entrem lá direto... podem clicar sem medo, é a cena mais genial de orgasmo da história do cinema, com destaque para o finalzinho. Meninos, aprendam... é assim mesmo!

Ah, e enquanto o vídeo não carrega, leiam o que elas e ele escreveram sobre a data de ontem...

segunda-feira, 28 de julho de 2008

complementando...

E se alguém me disser que o "se preservar" é não se deixar envolver (e por isso conseguir fazer sim, os joguinhos), eu digo: NÃO CONSIGO. Sou assim. Aliás, como diria Cíntia Moscovich... "...o que me faz, dentro de alguns pontos de vista, uma pessoa que, mesmo caindo de costas, consegue sempre quebrar o nariz." É, eu me jogo.

Se ainda não ficou claro, copio, na maior cara de pau, o "quem sou eu" do perfil de uma grande amiga, pois ela pegou em cheio o espírito da coisa toda de não ficar se contendo por medos ou convenções. A frase não é dela também, mas ela desconhece a autoria.

"Não consigo molhar os pés apenas. Eu mergulho e só paro quando me afogo, eu me queimo e só paro quando derreto, eu me jogo e só paro quando me param."

That`s it.

Rasgando a cartilha (e talvez um pouco mais que isso).

Hoje, depois de perceber que mais uma vez me deixei envolver por um idiota completo, na saída da festa, digo para minha amiga que mais ocupa o lugar de superego acessório:

- É, amanhã mesmo marco minha cirurgia de amputaçao do dedo podre.
- Hein?
- Meu dedo podre, aquele que só escolhe os PIORES, os mais sem noção, os mais egoístas, confusos, complicados e metidos.
- Não, miga, tu tem é que te preservar.
- Minha vez de perguntar "hein"
- É, na hora que eles querem te comer, eles são gentis e blablabla e tu diz que a coisa flui e tal, mas depois um diz que se tu quer romance, tu que leia um livro, o outro fica se achando o gostoso e mal te cumprimenta na festa que ele insistiu para tu ires, inclusive oferecendo carona e o outro, leva a ex namorada para o TEU aniversário. Isso para falar dos mais recentes!
- Concordo! Bando de sem noção que acha que pipoca é fruta, por isso tenho que selecionar melhor, como eu disse antes.
- Nããão... te garanto que se tu não tivesse "deixado fluir", tivesse te preservado, nada disso acontecia...

Resolvi terminar o assunto por ali para não discutir mais, já que no meio da madrugada eu já não tinha muitas convicções para defender meu ponto de vista, se é que um dia tive, nesse assunto em específico. Mas voltei para casa pensando no assunto e acho que cheguei a algumas conclusões.

Sinceramente? Sempre fui contra a hipocrisia de ficar fazendo joguinho, fingir ser santa, pura e cheia de não me toques quando o clima tá legal e eu to com vontade SIM de ir até o final. Odeio a sensação de estar sendo testada do tipo: "eu vou insistir muito e provocar para conseguir o que eu quero, mas se eu conseguir, é sinal de que ela não serve para nada além disso." Sério, que mundo é esse? Ando MUITO farta desse tipo de mentalidade.

Minha amiga acha que se eu me "segurasse" mais, pelo menos até o cabalístico terceiro encontro, esses mesmos idiotas que ela enumerou, me tratariam de forma diferente. Será? Ou me bajulariam só até conseguirem o que querem e depois voltariam a ser os ogrinhos que sempre foram e que temporariamente disfarçaram não ser? Afinal, mais dia ou menos dia a máscara cai.

E se ok, ela tem razão e eles me tratassem de forma diferente pelo fato de eu ter seguido direitinho a cartilha do "ser santa até o terceiro encontro e manter tabus até que seja namoro". Se realmente eles me respeitassem mais por isso e portanto me tratassem melhor depois das coisas rolaram... Se até me considerassem "namorável" depois de eu jogar com eles e brincar de "quem é mais idiota e dissimulado"? Se tudo isso for verdade, na boa, prefiro seguir solteira e batendo de cara na parede a cada decepcão.

Por que isso? Simples! Porque eu não quero ter ao meu lado um homem (?) com pensamentos tão rasos. Não quero que alguém goste de mim só porque eu soube interpretar - ah, desculpe, não é interpretar, é "me preservar" - Não quero um tipinho preconceituoso que me julgue namorável ou não pelo tempo que eu levei para ceder aos insistentes apelos e testes dele. Aliás, não quero me sentir testada, em última análise. E acima de tudo, não quero que alguém goste de mim sem ser por aquilo que sou, com minha vivência e minhas vontades.

Um amigo (e ex-rolo) então me diz que se for assim, eu vou ficar sozinha por muito tempo, pois ninguém me levará a sério. É mesmo? Então volto um pouco no tempo para lembrar da minha história com ele. Levei "SÓ" 5 anos para ter vontade de ceder qualquer coisa além de beijinhos. Fui extremamante difícil e desafiadora por simples falta de interesse da minha parte e mesmo assim, nos 10 anos em que tivemos um affair ocasional, ele nunca me tratou com respeito ou consideração (ok, nem eu a ele).

Ou então meu último grande tombo, do início do ano. Com ele a coisa não aconteceu logo de cara por simples falta de oportunidade. Nos portamos como namoradinhos, vivendo cada etapa de uma vez, saindo, andando de mãos dadas, indo no cinema e ficando só nos beijinhos, de forma comportada, como manda o figurino. Lindo, né? Para casar? Pois é... que bom que não casei! Que bom que sequer namorei! Porque fui descobrir depois que ele é daqueles machões do pior tipo: que fazem pose de bom moço, mas não sabem ser fiéis. Aliás, não sabem sequer ser leais. E de forma cordial, polida e dissimulada, te tratam pior que lixo em meio ao seu egoísmo e egocentrismo. Pois com esse eu "me preservei" e me diga? Valeu de que?

Por outro lado, alguns dos meus amores mais significativos, começaram em uma noite sem desculpas, sem hipocrisias e nem frescuras, fazendo o que dava vontade na hora em que dava vontade. Desses amores eu guardo um carinho enorme, mesmo que já tenham acabado há muito tempo, pois esses, gostaram de mim sem máscaras, sem jogos. Não me julgaram neste sentido.

Aí penso com carinho naquele que em 6 anos é um misto de amor, amigo e amante e que só não é mais que isso por uma barreira geográfica. Talvez ele seja um dos homens que me tratou/trata melhor nos últimos tempos. Nunca passou mais de dois dias sem se fazer presente de alguma forma, nunca deixou de me amparar quando precisei de ajuda - ou de colo, ou de beijos, ou de amassos ou daquela levantada na auto-estima que só um goxxxxtoooosa com toda a chiadeira típica de um carioca da gema é capaz - E também nunca deixou de me procurar quando precisava de mim. Enfim, sempre esteve aqui, ao meu lado, mesmo de longe e me fazendo me sentir importante. Pois esse, que me tem em tão alta conta, me teve desde a primeira noite. E me tem sempre que quiser, basta chamar. Ele também virá se eu chamá-lo. Sem jogos, sem hipocrisia, desde a primeira vez em que mandei as convenções às favas e vivi tudo o que queria viver na hora em que deu vontade.

Desculpe, amiga, sei que tu dizes para eu me preservar na melhor das intensões e que talvez para ti, essas convenções funcionem. Mas hoje, voltando para casa eu descobri que pode ser que eu não saiba o que eu quero. Mas certamente sei o que eu NÃO quero. E entre alguém que anda de mãos dadas comigo mas me trai até com o papagaio e alguém que me chama de gostosa, me vira do avesso e me liga no outro dia durante 6 anos, prefiro o do segundo tipo. Só não entendo como levei tanto tempo para perceber. Acho inclusive que vou adotar a estratégia oposta. Já que eles nos testam, justifico minha "falta de recato" como um teste também. Teve o que quis logo de cara e tratou com indiferença no outro dia? Rodou na prova, fila andando. Um passinho à frente, faz favor.

PRÓXIMO!

Resguardo

Em tempos de lei seca, fica difícil dissolver o superego... por isso a falta de textos (até parece).
Mas agora aprendemos a burlar o bafômetro, e os superegos voltarão a ser devidamente dissolvidos. Pelo menos aqui.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

When You're Gone (The Cranberries)

Hold on to love, that is what I do, Now that I've found you.
And from above, everything's stinking, They're not around you.
And in the night, I could be helpless.
I could be lonely, sleeping without you.
And in the day, everything's complex. There's nothing simple,
when I'm not around you
But, I miss you when you're gone, That is what I do, bay bay bay.
And its going to carry on, That is what I knew, hey bay bay.
Hold on to my hands, I feel like sinking, Sinking without you.
And to my mind, everything’s stinking, Stinking without you.
And in the night I could be helpless. I could be lonely, sleeping without you.
And in the day, everything's complex. There's nothing simple,
When I'm not around you.
And I miss you when you're gone, That is what I do, bay bay bay.
And its going to carry on, That is what I knew, hey bay bay.

For a (SCENT)imental reason

Ha pouco menos de 2 meses escrevi aqui sobre um sentimento - ou seria um (pré)sentimento? - que se iniciava aos pouquinhos a fazer parte da minha vida e que me enebriava através do olfato (sim, o sentido mais poderoso quando se trata de dores, amores e assemelhados):

"...Respirar fundo e aquele cheiro de perfume misturado com o da pele dele, me levassem imediatamente p/ dentro da casca, para aquele lugar seguro e confortável para onde eu vou quando quero me refugiar de tudo e todos.Enfim, casa. Minha casa. Minha casca, de boa carangueja que sou...Fato é que já vi que me enrasquei, vou dormir sentindo esse cheirinho bom e torcendo para não ter me enganado e receber uma ordem de despejo em breve."

Pois a ordem de despejo chegou e aqui estou eu, homeless, mas ainda sentindo o perfume, esse cheiro chá, de mato, de coisa cítrica e de pele. Esse cheiro que me levou imediatamente para dentro de mim (e dele) agora me joga no meio da rua, no escuro e no frio. Ah sim, com um moletom, pelo menos um moletom... pelo menos é algo que me protege... e me faz lembrar, meu último resquicio de casa, da nossa casquinha. É meu refúgio, meu conforto, não consigo tirar do corpo ou de perto de mim, embora ele esteja encharcado com litros de lágrimas que todos insistem ser bobagem, exagero ou sem sentido.

Só não queria que esse último refúgio de conforto e lembrança tenha sido às custas de ter deixado uma má impressão sobre mim. Ele vai, o abrigo fica e eu fico como uma desabrigada invasora que força a fechadura e entra sem ser convidada. Juro que não era isso que eu queria passar, mas infelizmente, foi o que acabei por transmitir. Mas acredite, se a situação fosse outra, eu não agiria assim, seria uma boa inquilina se tivesse a chance de mostrar para valer.
Ah sim. Dois meses é muito pouco tempo para tudo isso? Contratos de um ano devem ser levados mais em conta que esses aluguéis por temporada? Pode ser... mas hoje, quando abri um bombom para ver se adoçava um pouco essa tristeza, dou de cara com uma frase que sintetiza tudo: "Tudo que é bom dura o tempo necessário para ser inesquecível"

Foi bom, apesar dos contratempos. Foi tão bom que sei que será inesquecível. E o cheiro dele aqui torna ainda mais dificil de não lembrar. Espero ter deixado minha marca e meu cheiro em casa também... assim um dia ele pode voltar, como nos desenhos, sendo puxado pelo nariz.

domingo, 13 de abril de 2008

Alpiste

Rá! Pensam que eu vou colar mais uma musiquinha aqui? Aquele melô do alpiste (palpite, para os surdos) "tô com saudades de você debaixo do meu cobertooooor..." Naaaahh! Se a saudade não é recíproca não vale. Vim aqui para falar de alpiste mesmo... na verdade de comida de passarinho.


Pois passada a crise de choro pela mudança de lua, de temperatura, de estação ou qualquer merda dessas, acordei, respirei fundo e decidi:


CHEGA DE SER PASSARINHO, QUE VIVE DE MIGALHAS! AINDA MAIS SE NÃO SOU PARTE DE UM CASAL DE POMBINHOS. VOU TRATAR MESMO É DE VOLTAR A SER GATA, QUE COME PASSARINHO E AINDA LAMBE OS BEIÇOS!


E tenho dito! (não sei até quando, mas tudo bem)


Agora licença que tenho que pedir o traje da michele pfeifer emprestado...


MEOW!

sábado, 5 de abril de 2008


Para minhas queridas amigas

Para quem já está de saco cheio e com o ombro molhado, achando que o ouvido ou os olhos são penico, achando os textos daqui um porre de whisky falsificado, calma...

Eu prometo que tento logo logo voltar a ser uma pessoinha divertida, postar textos engraçadinhos e não ter um único assunto. Peço desculpas se deixei de ouvir algo de vocês, se pareço absorta em mim e nesse redemoinho. Juro que logo logo volto a falar bobagem e ouvir melhor vocês, dar conselhos furados e enfim, ser uma boa cia (acho).

Amo vocês. Cada uma, com cada particularidade, em cada momento e agradeço do fundo do coração a presença (mesmo de longe) de vocês por aqui.

Pronto, passado o momento "xiconsidérbacarááái", vou dormir e parar de encher o saco do mundo.


Estrela, estrela como ser assim? Tão só, tão só e nunca sofrer... Brilhar, brilhar, quase sem querer... deixar, deixar ser o que se é...

E em resposta a minha perda total de fé, eu escuto:

"Nào perde a fé, nem em geral, nem em nós dois. Eu acredito que o universo conspira a nosso favor... então não fica assim..."

COMO? A mesma pessoa que diz isso, disse também, minutos antes, que não nos veríamos mais, que não podia, que era o fim. E nem tivemos nosso final feliz. Como eu não vou perder a fé?

Tudo o que eu queria era não ter deixado de acreditar. Queria que mais uma vez a senhora aquela que sempre me diz coisas que me deixam braba na hora e não fazem sentido por um tempo, me mostrasse mais uma vez que ela tava certa e que tudo vai dar certo no final. Mas nahhh, já era, já foi. Cansei de lutar. Tô afim de brincar de ser apenas reativa um pouco também... e como nada me acontece de bom se eu realmente não me esforço muito p/ isso, provavelmente terei um inverno beeem longo...

Aí, num último lampejo de crendice, idiotice, cretinice e aquela coisinha verde que dizem ser a última que morre, pego minhas cartas e lá vem ela. A estrela, a auto-confiança, a esperança. Parece até piada! Sem falar que... ahm... esperança de que mesmo? Já nem sei mais...

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Meu coração não suporta mais bater assim tão descompassado

E entre um passo e outro de forró, no mesmo lugar onde tudo começou, tu me veta a idéia carpe diem de aproveitar intensamente esse final, pois isso te deixaria confuso.

ahm... mais? ótimo! vale pelo soco!

ehmmm... po, e eu? Não decido nada por aqui? Acho no mínimo justo eu escolher como me despedir. Até porque, pelo que ouvi de ti e pelo que li nos teus poemas, despedidas, términos, fins... definitivamente não são o teu forte. Então, filhote, deixa p/ tia aqui que eu sei muito bem o que fazer com o tempo que nos resta.

Depois? Não sei. tua confusão é tanta e teus dilemas tão cíclicos que eu ja nem sei mais o que eu quero também. Lendo teus poemas, me via neles, mesmo sabendo que eram para meninas do teu passado. Mas teu passado tem se repetido tanto que a nossa história até fica parecendo um deja vu das tuas outras confusões. Nah, não fui feita para me resumir em um deja vu! Quero uma historia nova, e um poema teu, mas não de despedida, nem de reencontro. Simplesmente de encontro, que veio para ficar e mudar o rumo da tua vida e da minha. Vamos sair dessa órbita viciosa que nossos relacionamentos se tornaram? Eu te ajudo e tu me ajuda. Aperta no eject e vamos viver! sem dúvidas, confusões ou medo de fantasmas. A gente se guia, como numa dança. Fechamos os olhos, nos sentimos e deixamos fluir!


... Não entendo por que razão, mas você não está do meu lado...

quinta-feira, 3 de abril de 2008

This is a demolition company or a joke factory?

E a casa caiu, again and again and again. Tanto para mim quanto para a minha ilustre sócia de blog. Ano de monja se puxando, né? Bueno, enquanto ela "monjeia", eu, que ainda não consegui tamanho grau de abstração, tento me virar como posso. E no momento, o que eu posso é "aproveitar cada segundo antes que isso aqui vire uma tragédia". Ééééé.... eu sei que é burrice, é dar murro em ponta de faca, é correr para dar de cara na parede. Mas prefiro tudo isso a ficar na pasmaceira, a não tentar ao menos.

E em meio a essa política do "aproveitar cada segundo" e tentar o impossível para não me arrepender de não ter feito nada, resolvi reunir coisinhas que te façam lembrar de mim quando tu estiver lá longe, tentando ver se sou importante mesmo pra ti ou não. Tudo isso porque por mais estúpido que isso pareça, eu sei que sim, sou importante. e que VOCÊ VAI LEMBRAR DE MIM. E quando lembrar, lembre também... teu lugar é aqui, sempre foi. Chega de brincar de nômade, sagitariano dos infernos! Volta p/ casa e sossega na nossa casca de caranguejo!

Aí, idéia brilhante da minha chará e já grande amiga, parceria de cafés e palavras, resolvi reunir não só coisas que lembrem a mim, mas também que lembrem que a tua casa é aqui. E que as portas estão abertas... ainda...

E disso, surge uma playlist básica, para te fazer querer cortar os pulsos em xis quando tu te refugiar no teu mp3 sem aguentar mais ouvir maracatu e frevo - isso não combina contigo, che! Enfim. E em meio a playlist cheia de nei lisboa, vitor ramil, graforréia e outras gauchices, a musica, aquela que derrubou a casa da minha ilustre colega de blog ha pouco mais de uma semana, agora derruba a minha casa.

Sorte que chove cântaros, eu lavo a alma e ninguém me vê chorar... É. Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro...



Você Vai Lembrar De Mim
Nenhum de Nós

Quando eu te vejo
Espero teu beijo
Não sinto vergonha
Apenas desejo
Minha boca encosta
Em tua boca que treme
Meus olhos eu fecho
Mas os teus estão abertos
Tudo bem se não deu certo
Eu achei que nós chegamos tão perto
Mas agora com certeza eu enxergo
Que no fim eu amei por nós dois

Esse foi um beijo de despedida
Que se dá uma vez só na vida
Que explica, tudo sem brigas
E clareia o mais escuro dos dias
Tudo bem se não deu certo
Eu achei que nós chegamos tão perto
Mas agora com certeza eu enxergo
Que no fim eu amei por nós dois

Mas você lembra!
Você vai lembrar de mim
Que o nosso amor valeu a pena
Lembra é o nosso final feliz
Você vai lembrar...Vai lembrar...sim...
Você vai lembrar de mim.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Crack da Bolsa

Factóides não são uma boa opção estratégia. A não ser que teu público prefira permanecer cego. Se isso é fato, não faço parte do teu publico alvo.

Mentir gratuitamente não leva a nada. Ou melhor. Leva. À falta de crédito, desencanto e quebra de todas as ações, que oscilavam, mas se mantinham num patamar satisfatório.

Tô vendendo tudo.

Acho.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Momento miguxa

Ok, ok, não me execrem! Eu sei que Pitty é de adolescente, que se vendeu para o sistema e eu nao acredito no sistema, assim como Nicholas Marshall - ok, com essa deu p/ perceber que sou véia, né? - Mas enfim... sempre gostei dessa música da bahiana, confesso, já me vi na letra, já cantei para curar dor de cotovelo e hoje, num momento MEGA PROPICIO, eu escuto por acaso de novo.

A letra segue fazendo sentido, sem tirar nem pôr. Aí fui catar o clipe e mais uma grata surpresa. Fofo fofo fofo, com referências do mágico de oz e, podem vaiar, mas eu achei que tinha um quê de the wall também... o traço, sei la.

Enjoy!

E ela continua atual...

Incrível como essa música, já ha anos me acompanha e até hoje a letra segue atual. Sinal que é universal? Pode ser. Mas nada tira da minha cabeça que eu sigo numa espiral dos infernos!

"I`m so tired of falling in love, finding easy to fall out"

"When I fall, Its always the same
And Im so tired of playing this game"

"You got to tell me If youre going to break my heart cos I dont wanna take the chance (AHAM, ATÉ PARECE)
And if it aint true All its gonna be Is nothing but a poor romance
So give me that promise to hold on
And Ill never let you go
We gotta have something to go on
Im letting you know now"



segunda-feira, 24 de março de 2008

wishing upon a star...

Falem o que quiserem, mas eu acredito SIM em tarot, mesmo que virtual, porque ele mostra o que tá no nosso subconsciente e no inconsciente coletivo também, principalmente no daqueles que nos são próximos e queridos. Superstição? Pode ser, mas que é de cair o queixo que logo após o que aconteceu (é só ler o texto de baixo, sem ser o do pancake) eu tiro ESSA CARTA como conselho do dia. Colo abaixo, sem tirar nem pôr:

A Estrela
Cultivando altos valores
Há momentos em que somos testados a manter uma fidelidade a uma postura mais sublime, em termos de reação ao mundo que nos cerca. A Estrela, significante de conselho para este momento em sua vida, vem sugerir a necessidade de cultivar a esperança como uma forma de manter acesa a sua luz interior. Ainda que os elementos concretos lhe desafiem ou lhe forneçam sinais negativos, é a sua postura de pensamento positivo que lhe permitirá superar os obstáculos, Ana. Procure manter o alto astral, a postura positiva e não desanime. Atue de forma clara, aberta, sem joguinhos, e no mínimo as pessoas lhe darão o maior valor! Conselho: Pense positivo!



Em tempo: Coloquei a imagem do Tarot mitológico e não o original do personare, porque acho mais bonito e mais fácil de interpretar. A moça aí do mito da ESTRELA é a Pandora, que abriu a caixa proibida, soltou aquela cousa toda, "todos os males" e tal, mas junto, libertou a estrela esperança e também o conhecimento. Os males se espalharam, mas a estrela da esperança e da sorte, permaneceu com ela, não fugiu.

Hoje de certa forma eu dei uma de Pandora. Comecei por chutar o balde e publicar coisas as quais não tinha o direito - há controvérsias - mas enfim, coisas que não dependiam só de mim serem publicas ou privadas. Com isso acabei "libertando os males", a casa caiu, mas com isso, finalmente a verdade veio a tona. Eu deveria estar aqui meio "chorando o morto" agora, mas não estou, não sei por que, por mais braba que eu esteja, não consegui te dar aquele soco que tu me pediu; por mais que a razão e alguns amigos me mandassem, não consegui te mandar passear, ver se eu tô na esquina e te enxergar, para ver se deixa de pensar que pode ser um sultão; por mais que as tuas ações tenham despencado na bolsa, ainda mantive umas aqui comigo... sou uma investidora de riscos, babe, pode ir se acostumando. Por que? Porque a estrela dentro de mim disse que isso que vivemos não pode ter sido em vão. Então, senhor pendurado, te desamarra e TE MEXE que a estrela ainda brilha.

domingo, 23 de março de 2008

Dando um gás na indústria do pancake

Aí levanto e vou me olhar no espelho.
E tem um hematoma de - juro - QUATRO centímetros no meu pescoço. E apesar de já ser outono, não há a menor possibilidade de mandar ver numa golinha rulê básica. No máximo, vou tentar uma echarpe ou lencinho. Ou seja: pancake rules. E viva o corretivo. Salve, salve, micropore cor-da-pele.
Lá vou eu pro esporro de lei:
- PUTAQUEPARIU! Eu vou te matar! Mas que inferno!
Ele levanta o olho pro troço, digno do mais puro herdeiro de Nosferatu, e diz com a cara mais cândida do mundo:
- Pô, mas como é que tu fica com um idiota que te faz uma coisa dessas?

sexta-feira, 21 de março de 2008

cansei de brincar disso. vamos falar serio agora

Não te peço muita coisa, não quero tomar todo teu tempo, não quero te grudar em mim numa simbiose venenosa até porque não quero também abrir mão do meu tempo.


Não pretendo te exigir nada, nem te prender ao meu lado e entendo que estás confuso, perdido. Mas quero, se quiseres também, poder ser teu porto seguro, onde tu te prendas por livre e espontanea vontade.

Sei que tens muitas questões a pensar, avaliar, resolver e que eu, sem querer, acabei me tornando mais um nó complicado que tens que resolver e num momento que não tens condições de resolver nó algum! Eu queria poder de alguma forma, te ajudar a desatar alguns deles, e me angustia saber que eu não posso, que acabariam se enrolando nos meus nós e a confusão só aumentaria.

Mas preciso ser um pouco egoísta agora. O que eu realmente quero, é poder respirar, é poder viver sem essa angústia de não saber se estou hoje contigo e amanhã tu vais receber um telefonema ou e-mail qualquer e vai me deixar de lado. Eu quero poder confiar em ti. Eu preciso confiar em ti para isso dar certo!

Não quero ficar pensando que, para não "bancar a idiota" eu tenha que também ter outras opções. As outras opções não me encantam, a não ser como um antídoto contra a insegurança de saber que não és só meu. Mas isso não me serve. Quero ser só tua. Não quero outros, assim como também não posso te dividir mais, nem sequer em pensamento. Me tortura ficar remoendo e pensando que não povoo sozinha teu coração e que a qualquer momento, pelo motivo que for, tu, que estavas vindo ao meu encontro, mude de direção.

Mais uma vez, não é a decisão que estou te cobrando. É pelo menos a chance, a perspectiva. Estamos juntos ha tão pouco tempo e sinto que o que temos é tão forte... Mas ao mesmo tempo sinto que tu não te abriu por inteiro p/ mim e isso me martiriza. Solta essas amarras, te deixa envolver. Eu vejo, no fundo dos teus olhos que tu sente o mesmo que eu, mas esse sentimento tá preso numa gaiola de culpa e medo. Solta ele! Lembro de me dizeres que admira os passarinhos como eles devem ser, soltos, sem grades. Eles são muito mais bonitos assim. Pois faz conosco o mesmo! Nos liberta, liberta o teu coração, abre as portas, quero entrar! Esquece os problemas, esquece os outros pássaros, os gatos, os estilingues. Não estou falando deles. Tô falando de nós dois. APENAS nós dois. Te liberta que o resto se resolve. As outras amarras que te prendem? Bom, isso vemos depois. Mesmo com medo, eu ainda acredito, que se te abrires para mim, tudo vai ficar mais facil de encarar. Só queria ter uma chance, uma luta equilibrada.

Ou então me acorda, me sacode e diz que estou enganada. Me fala que tu só gostou mais ou menos de mim, que eu fui um bom colo, uma boa companhia e nada além disso. Que tudo não passou de um sonho e que agora é hora de cair na real. A verdade de que eu estive o tempo todo sonhando sozinha dói, mas ainda prefiro isso do que seguir me enganando.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Essa dissolveu com um pêssego... mas a música (e o filme) são lindos!

As The World Falls Down
David Bowie

There's such a sad love
Deep in your eyes.
A kind of pale jewel
Open and closed
Within your eyes.
I'll place the sky
Within your eyes.
There's such a fooled heart
Beatin' so fast
In search of new dreams.
A love that will last
Within your heart.
I'll place the moon
Within your heart.
As the pain sweeps through,
Makes no sense for you.
Every thrill is gone.
Wasn't too much fun at all,
But I'll be there for you-ou-ou
As the world falls down.
Falling.
Falling in love.
I'll paint you mornings of gold.
I'll spin you Valentine evenings.
Though we're strangers 'til now,
We're choosing the path
Between the stars.
I'll leave my love
Between the stars.
As the pain sweeps through,
Makes no sense for you.
Every thrill is gone.
Wasn't too much fun at all,
But I'll be there for you-ou-ou
As the world falls down.
Falling
As the world falls down.
Falling
As the world falls down.
Falling.
Falling.
Falling.
Falling in love
As the world falls down.
Falling.
Falling.
Falling.
Falling.
Falling in love
As the world falls down.
Makes no sense at all.
Makes no sense to fall.
Falling
As the world falls down.
Falling.
Falling in love
As the world falls down.
Falling.
Falling
Falling in love
As the world falls down.

terça-feira, 11 de março de 2008

Problema ou Solução?

Ok, ok, lá vou eu de novo colar letrinhas de música. Pouco original, muito adolescente, mas que que eu posso fazer se as vezes musicas que eu nem sequer sabia que conhecia falam TANTO por mim? Essa é um exemplo. Achei até meio chatinha, com rimas fáceis, quase gessingerianas, já ia apagar da pasta de mp3 quando começo a prestar atenção na letra e lembrar de um certo dilema:

"E se a gente se envolver mais?"
"Ahm... se ambos se envolverem, não é problema, é solução!"

Aí titio Renato (o Russo) tira palavras da minha língua...

Teorema (Legião Urbana)

Não vá embora fique um pouco mais
Ninguém sabe fazer o que você me faz
É exagero e pode até não ser
O que você consegue ninguém sabe fazer.
Parece energia mas é só distorção
E não sabemos se isso é problema ou se é a solução
Não tenha medo não preste atenção
Não dê conselhos
Não peça permissão
É só você quem deve decidir o que fazer pra tentar ser feliz
Parece energia mas é só distorção
E parece que sempre termina mas não tem fim
Não vá embora fique um pouco mais
Ninguém sabe fazer o que você me faz
É exagero e pode até não ser
O que você consegue ninguém sabe fazer
Parece um teorema sem ter demonstração
E parece que sempre termina mas não tem fim.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Hangar 18, area 51

Na adolescência eu tinha fissura por um jogo de fliperama chamado "Área 51". Matava aula com um amigo só pra ir gastar meu parco dinheirinho em fichinhas e ficar lá, pou, pou, pou, atirando em alienígenas invasores. A gente tinha até estratégia: eu sempre ficava do lado direito (ou esquerdo, agora não lembro mais), matava sempre os mesmos bichos, dava cobertura numa fase em que o lado do outro era mais ocupado... éramos um bom time. Nós contra os terríveis aliens. Ou eram zumbis?
Whatever. O que ocorre é que alguma parte de mim ficou presa nesse passado e não consegue sair da área 51. Meu coração, pra ser mais exata. Meu coração insiste em montar áreas 51 por onde eu for, só pra jogar fliperama contra zumbis que saem de baús do passado. Só que desta vez, não sou mais adolescente e não tenho armas, nem dessas ligadas por um fio a uma máquina arcade.
Pior é quando a área 51 não tem zumbis do passado, só os guardas que eu acabo matando sem querer. Ou será que são eles que me matam?

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

... and it feels like home...

Navio, coraçao, casa.

- É, tu nao conhece ainda, ele tá viajando. Mas já conhece os meios que te levarão a ele. E vai ser em casa. Ou num lugar que tu te sinta em casa.

Só a menção do "tu ainda nao conhece ele" me fez ficar de má vontade com o resto da história, afinal, eu estava lá para ouvir coisas sobre um suposto "amor"que sim, eu conhecia. Queria saber que fim levaria aquela historia cheia de jogos trapaças e dois canos fumegantes... não queria saber de um suposto amor futuro, mais forte e blablabla que nem sequer eu conhecia! Não! Como assim mais forte? Como assim não é esse??? Mas eu gosto taaaanto!!!!

- É, mas nao é esse. O que é teu ta guardado e vem de longe. Mas vai te pegar em casa.

- Isso não faz o menor sentido

- Pode ser um lugar que tu te sintas em casa. Um lugar que tu freqüenta muito...

- Tá, e isso é quando?

- Difícil dizer. O nosso tempo é diferente do das cartas.

- Hmm, ok, quanto foi a consulta mesmo?

E assim eu saí. Desarvorada, meio decepcionada e interrogacioneforme da casa daquela senhora simpática que acabara de confirmar o que eu, no fundo, já sabia. Aquela historinha que eu tanto gostei e achei que fosse verdadeira, estava chegando ao fim, e na verdade, nunca foi forte o bastante. Não era ele.

Nos dois anos seguintes, a cada novo suspiro mais fundo, eu pensava... "mas será que é esse? Hmmm, conheci ele num lugar que eu frequento muito". Ou "ah, em casa pode ser que seja pq é muito meu amigo..." (mais um engano). Ou "oh! Esse ai acabou de voltar de viagem (mesmo que fosse de canoas), será que é ele?" Até que, depois de tanto dar com os burros n'água, acabei esquecendo dessa história. Até a noite de hoje.

Achei que já tinha vivido todos os clichês dessa coisa chamada atração. Paixão à primeira vista; paixão avassaladora e doentia; amor de mineirinho, que come pelas beiradas; amigo que vira amor; amor que vira amigo; relaçao de amor e ódio; sexo sem amor; amor sem sexo e até relações sem nexo, empurradas com a barriga só para ter com quem estar. Mas até hoje não tinha passado pela experiência de me sentir EM CASA.

Claro que não estou falando literalmente, até porque minha casa de verdade às vezes é tão inóspita que é o último lugar onde quero estar. Falo em me sentir em casa no sentido de me sentir EM MIM, com outra pessoa. Também não falo de intimidade, embora tenha um pouco a ver com isso. Falo da sensação de estar a vontade com alguém que eu mal conheço, mesmo tendo ainda aqueles pudores e cerimonias iniciais. Mesmo com os joguinhos da conquista, mesmo sem saber tão pouco do outro. É algo muito maior que isso. É abraçar e sentir que aqueles braços sempre fizeram parte de mim. É passar a mão naqueles cabelos e sentir como se tivesse fazendo isso a vida toda, ou como se fossem meus próprios cabelos. É sentir o contato e o calor da pele dele contra o meu corpo e saber que não quero mais sair dali, que aquele calor sempre esteve ali ou sempre deveria estar. Respirar fundo e aquele cheiro de perfume misturado com o da pele dele, me levassem imediatamente p/ dentro da casca, para aquele lugar seguro e confortável para onde eu vou quando quero me refugiar de tudo e todos.Enfim, casa. Minha casa. Minha casca, de boa carangueja que sou.

E ainda sentindo esse cheiro tao familiar, fiquei pensando nisso tudo. Ele é alguém de quem já tinha ouvido falar , visto fotos etc e não havia me despertado interesse. Além disso, o conheci em mais um daqueles meus períodos de apatia, de falta de vontade de me envolver com alguém. Mas a partir do momento que nossos olhos se cruzaram e começamos a conversar, eu vi que estava em casa e vi que tava perdida... ele me abriu a casa, eu abri meu coração...

Não vou ligar para ele derretida, não vou deixar de viver minha vida normalmente e nem mesmo pretendo boicotar os joguinhos da conquista (se eu conseguir não fazer isso), ou atropelar etapas. Mas precisava, de alguma forma registrar aqui meu momento Dorothy: "NÃO HÁ LUGAR COMO NOSSO LAR".

É, melhor parar por aqui antes que fique infame demais. Fato é que já vi que me enrasquei, vou dormir sentindo esse cheirinho bom e torcendo para não ter me enganado e receber uma ordem de despejo em breve. Ah sim, só para completar... ele é canceriano (tem sua propria casca também) e acabou de voltar de uma viagem de 1 ano e meio de beeeem longe.

navio, coraçao, casa.

home sweet home. sera?

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

O tempo...




...e o vento...?

ruminando idéias...

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

In nomine Christi, amen.

De tanto cansaço das relações humanas, esta que vos escreve decretou-se um ano monástico. Tá difícil de fazer as pessoas entenderem o que quero dizer com isso, então deixa pra lá. Fato é que estou me auto-denominando monja a partir de primeiro de janeiro. Monja, não santa. Atenção que esta diferença é crucial.
Enfim... e como pra tudo que tem fim tem de ter uma história, adivinhem se aos quarenta e cinco do segundo tempo do ano passado, com o período monástico se avizinhando, não chegou mais um picareta pra esculhambar o coreto.
E só pra não perder o hábito: sagitariano.

***
Mas sigamos com o baile que já tá quase acabando (in nomine Christi, amen, porque eu já nem lembro mais do que queria escrever sobre os mocinhos dos astros). E continuamos com nossos queridos bodinhos, os aniversariantes do mês.


"Se a combinação touro-virgem era solidez, está é solidez mais sala VIP. A sociedade entre eles é a mais séria possível, aquela história dos dois olhando na mesma direção, mesmo: na direção de um carro último tipo, de viagens duas vezes por ano para Paris, de uma posição de destaque na empresa ou do título do clube mais fechado do país. Vão ser extremamente fiéis um ao outro - qualquer tropeço poria a perder não só o romance, mas um investimento enorme em projeção social."

Eu ia confessar minha total ignorância nos assuntos capricornianos quando me lembrei que a sociedade deste blog já é de looonga data... não é mesmo, Dona Rosquinha?
Há uns bons... uh... dez anos... deixa pra lá.
Há um tempo atrás, na época em que a faculdade nos permitia ser menos sérias, mais juvenis e mais atrevidinhas, chegou a época de uma das incontáveis festas a que comparecemos.
E estávamos num dia particularmente atrevido.
Aí me aparece o tal capricorniano. Um jovem capricorniano que contraria toda e qualquer sinastria do Terra ou de qualquer horóscopo que se preze. O ascendente dele deve ser alguma coisa de Ar, porque ele voa.
Bem, enfim. O capricorniano em questão aparece e, como sempre, estava cheio do amor pra dar. Até que as duas mentes sujas aqui resolveram pôr um freio nesse fogo todo. E pra isso, não bastava muito. A auto-estima do mocinho era tão alta que não precisava nem de pedra pra ele tropeçar; bastava uma poeira um pouquinho maior.
Puxamos a criatura pra um cantinho.
- Olha só, Ademílson. A gente quer te dividir hoje.
Assim. Curto e grosso.
O sujeito teve um mini-curto na nossa frente. Parou, espirrou, gaguejou, tremeu na base e no fim não soube o que fazer.
A gente, o que fez?
Desistiu de esperar e foi embora, oras.
E lá somos mulheres de ficar esperando bodinho?

Régua!

Tudo bem que Deus escreve certo por linhas tortas, mas no meu caso acho que ele já tá de sacanagem ou é pegadinha e daqui a pouco aparecem as câmeras escondidas! Porque na prática, Ele resolveu se basear não nas linhas do caderno, e sim na espiral que segura as folhas! Cheeee, não aguento mais historinhas em espiral, cíclicas, sempre quase iguais, que voltam quase ao mesmo ponto e nunca fecham!

É demais pedir um pouco de coerência e um caderno de caligrafia sem molas?

E não me venha oferecer calma e canja de galinha, que já enjoei.

Estúpido cupido

Além de ter a lua em sagitário - que me faz falar e fazer tudo antes e pensar depois - só lembro de mais dois "arqueiros" na minha vida amorosa.

Um é meu professor de fotografia, grande amigo e baita safardana, sempre borboleteando entre suas duvidas sentimentais, mas sempre leal (diferente de fiel) aos seus amores.

O outro é o cupido - sim, aquele gordinho pelado de asas ali do lado, metido a arqueiro, mas tão desastrado que acabou morrendo com a propria flecha e me deixou na mão.

Nenhum dos 3 é bom de foco. Mas quem precisa de foco, mira ou flechinhas perfumadas quando se pode ter (e ser) uma Uzi?