sábado, 30 de agosto de 2008

El amor después, del amor, talvez...

Tirei do perfil de uma grande amiga porque tinha que compartilhar aqui. Endosso, engrosso e faço coro!! (viu, Lou, aprendi que nao é caldo hehehe)


"(...) Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão covardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, banancides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra (...)."
Miguel Esteves Cardoso

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Diagnóstico



SINTOMAS:

- mãos mais suadas do que o usual
- brilho acentuado nos olhos
- fraqueza nos joelhos
- rosto ruborizado
- aumento da temperatura corporal.
- tremores
- dificuldade de respirar, gerando grandes suspiros.


DEVE SER GRIPE... OU FEBRE

- euforia
- taquicardia
- confusão mental
- distração extrema
- parecer flutuar
- amigos demonstrando preocupação


ESSA GURIA TÁ SE DROGANDO?

Quase isso... na verdade, aqui estou eu, à mercê do meu maior e mais delicioso vício. A paixão, que segundo Schopenhauer, é um engodo que nossos organismos nos aprontam, fazendo com que, através de sensações extremamente agradáveis, nos impulsionemos em direção à reprodução, para, só depois percebermos que aquela pessoa que tanto calafrio nos causava, nada tem a ver conosco (ou não).

ANYWAY! Não me interessam as razões evolutivas da paixão! O fato é que sou absolutamente viciada nessa química deliciosa, que cura qualquer doença, mau-humor, tpm, depressão, preguiça.


Aos amigos preocupados, aviso que sei sim, das conseqüências desse tipo de vício, como qualquer outro, aliás. E que estou disposta a corrê-los, por esses fugazes momentos de sensações intensas e maravilhosas. E se eu der de cara na parede (como na maioria das vezes aliás), já que a paixão é engodo e é raro sobrar amor depois que passa? Sinceramente, não se preocupem! Estou mais do que acostumada à isso e sobreviverei! Acho inclusive que a choradeira de término de uma paixonite faz parte da mesma. Vinícios já disse, em seu Canto de Ossanha "... o amor só é bom se doer". Ok, infeliz em escolher o termo amor, mas Vinícius tem todo o direito de uma licença poética. Mas é isso... a paixão da boa mesmo é aquela que dói, desestabiliza e acaba por nos mudar e nos fazer crescer (ao menos um pouquinho no final do processo). Sim, provavelmente eu vá chorar um pouquinho nos colos, ombros e ouvidos de vocês, mas garanto que será por pouco tempo e que logo logo a salada hormonal faz seu serviço e eu volto a flutuar. E aos amigos que acharem tudo isso um absurdo e se negarem a participar, estão livres para me dizer "sai prá lá, mala! Entrou na encrenca agora te vira!"

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Como uma luva...

Recebi hoje por e-mail da minha terapeuta - beijinhos, obrigada, amei! - um textinho cuja a autoria eu desconheço (não vou colocar que é da Martha Medeiros, do Luis Fernando Veríssimo ou do Jabor hehehe). Acho que é valido para as 2,5 leitoras disso aqui.

REFLEXÕES SOBRE RELACIONAMENTO

1. Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida.
Detesto quando escuto aquela conversa:
'Ah, terminei o namoro...'
'Nossa, quanto tempo?'
'Cinco anos...Mas não deu certo...acabou'
'É não deu...'
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.

2. Hoje, no alto dos meus 33 anos e tiozão, não acredito muito nos 'opostos
se atraem'. Porque sempre uma parte vai ceder muito e se adaptar demais.
E sempre esta será a parte mais insatisfeita.
Acredito mais em quem tem interesses em comum.
Se você adora dançar forró, melhor namorar quem também gosta de forrosar, se você gosta da cultura italiana, melhor alguém que também goste.
Freqüentar lugares que você gosta ajuda a encontrar pessoas com interesses parecidos com os teus.
A extrovertida e o caretão anti-social é complicado, e depois, entra naquela
questão de um querer mudar o outro, ui...!
Pessoas mudam quando querem. E porque querem. E pronto. E demora...!

3. Cama é essencial!
Aliás pele é fundamental. E tem gente que é mais sexual, outras que são mais tranqüilas.
O garanhão insaciável e a donzela sensível, acho meio estranho.
Isto causa muitas frustrações, e dá-lhe livros de auto ajuda sobre sexo.
Assim como outras coisas, cada um tem um perfil sexual.
Cheiro, fantasias, beijo, manias, quanto mais sintonia, melhor.

4. Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
As vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
As vezes ele é carinhoso , mas não é fiel.
As vezes ele é atencioso , mas não é trabalhador.
As vezes ele é malhado, mas não é sensível.
Nós não conseguimos ter tudo ao mesmo tempo.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.

5. Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai/mamãe mais básico que é uma delícia. E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante..., e se o beijo bate..., se joga. Senão bate..., mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.

6. Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos. Mas se a
pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, pressão de família?
O legal é alguém que está com você e por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?

7. Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.
Faz parte. Você namora um outro ser ,um outro mundo e um outro universo.
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.

Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar..., ou se apaixonar..., ou se culpar.
Enfim...quem disse que ser adulto é fácil?

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Freud Explica

Nuóóóssa senhora... Há milênios estou devendo seguir com a saga do zodíaco e terminar de uma vez com essa pataquada, para podermos finalmente falar de outras classes de gajos (como os trabalhadores noturnos, por exemplo). Paramos aqui, com La Galarina descrevendo nossa outra sociedade, dividindo um cabrito.

Pois... cabritos. Empaquei. Tenho tanto para falar e ao mesmo tempo tão pouco... O fato é que Capricornianos sempre me instigam, se me interesso por um cara logo à primeira vista, pode ter certeza que ele é capricorniano. O jeito sério de quem trabalha para sustentar a família e de que vai te proteger contra tudo e todos é irresistível para mim. Mas não tive uma história sequer com nenhum capricorniano com final feliz. Ou eles cansam em dois dias do meu aguaceiro todo ou eu morro tossindo soterrada em tanta terra e saio correndo rapidinho antes que seque e me torne tão cética e cínica quanto a maioria deles. Na verdade acho que as duas coisas acabam acontecendo simultaneamente, nos atraímos como opostos de um imã, para logo nos repelirmos por descobrirmos polos, no fundo, parecidos.

Se câncer é a mãe do zodíaco, capricórnio é o pai. E talvez Freud explique esse meu bloqueio total em falar do assunto. Mas agora, nessa fase em que as duas donas do blog estão no meio de um turbilhão de terapia, mexer nessas coisas não vai dar bom resultado, então... posso pular essa parte? Lou, por favor, manda o aquário antes que a água parada dê mosquito!