segunda-feira, 15 de setembro de 2008

mais uma pérola dos anos 80...

... da minha adolescencia... e que fala até hoje. Será que ainda sou adolescente p/ essas coisas?

Garotos

Paula Toller também fala por mim no momento... :-(

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Doce Canalha

Carpinejar é rei!! Justo quando estou cheia de idéias para escrever, tanta coisa entalada na garganta por dizer, e nenhuma condição de fazê-lo (gesso na mão direita), vem ele e fala tudo por mim. Aliás, ele é um dos que costuma falar por mim, junto com a Claudia Tajes, a Tati Bernardi e tantos outros cronistas sensacionais. Ontem tive o prazer de conhecer os dois primeiros, o que só aumentou minha admiração. Mas chega de enrolação! Ao texto entonces!

"O CANALHA (Fabrício Carpinejar)

O amor é sacana. Ninguém está imune. Ninguém confere certidão de casamento, de nascimento ou de óbito para se envolver. Vai virar o rosto para os compromissos. Não queremos nos apaixonar e nos apaixonamos. O cara não presta e seguimos em frente. Vimos que ela é interesseira e fechamos os ouvidos. Contrariamos os próprios conselhos porque o amor é sacana. Contrariamos as crenças porque o amor é sacana. O amor abre até as portas deitadas.
Acredito que existe o conto de fadas do canalha, versão adulta e pornô do Patinho Feio. A mulher percebe que o sujeito não é flor que se cheire, fala para todo mundo da aversão ao comportamento dele, um tanto machista e presunçoso. Nota que sai com diversas mulheres, uma em cada noite. É o típico homem que sofre da infidelidade congênita. O que ela faz? Era de se esperar que mantivesse distância. Entretanto, ela se apaixona. Não há vacina ao desejo, talvez o único remédio que o neutralize, mesmo que não cure completamente, são as pantufas. Pantufas grandes e hirsutas, histéricas e velhas, afugentam a sensualidade. É o contraponto ao excitante salto alto. A mulher bebe do veneno para apressar a cura. É tomada de uma fúria santa, doida, inexplicável pelo canalha. A hostilidade atrai, inquieta, desestabiliza. Não, ela não deseja o canalha, é capaz de desejá-lo durante uns dias, pela vida inteira não. Aspira à conversão. Assume um misticismo sexual. Calcula uma saída à geometria de músculos e fúria, como se ele fosse um cavalo selvagem a ser contido pela sela. Confia que será diferente com ela. Ela salvará o canalha. Ele foi canalha porque não a conheceu antes. Canalha Antes de Cristo. Já cogita casamento e filhos, uma casa com pátio ou um apartamento com varanda. Aposta alto com as armas que dispõe, o ciúme e a posse. Bate ainda um orgulho competitivo de mostrar às ex do canalha que conseguiu corrigi-lo. Só mulher entende esse duelo de memórias, essa vingança velada e implícita. O canalha tampouco ambiciona ser viúvo de seus vícios. Espera receber alta, pode não conseguir, pode tentar e fracassar. Dorme pouco para não perder a chegada da paz de manhã. Espera uma paixão redentora para reaver a adolescência e voltar a sentir o tremor das pernas. Anseia superar a indiferença que o impele a dispensar as mulheres e abreviar os relacionamentos. Aguarda ter novamente a insegurança das palavras, o risco de ser magoado e magoar. O canalha está cansado de sua reputação, do esforço para manter a fama de cafajeste, da rotina de não se importar. É difícil, é raro, duro de suportar, mas o maior amor, o amor mais leal e puro, pode vir de um canalha arrependido."

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

ouch!



Dúvidas, sempre elas...

No dia em que:

- me dão um clique de por que eu sempre estou na qualidade de outra - sim, Freud explica e eu sempre competi com minha irmã... o que faz muito sentido;

- me dou conta que a criaturinha da vez não merece o meu stress (ou não tem merecido) e que provavelmente, se tudo seguisse bem logo eu estaria cansada a sua atitude reativa e mandaria às favas assim que o furor da paixão amornasse;

- ele some do lugar mais óbvio, me deixando na expectativa, na saudade e neutralizando, ou, ao menos fazendo oposição ao item acima... sim, saudade + paixão = cegueira burra

Justo NESSE dia, tiro minha cartinha de praxe e, tchanãnãnãnnn


Os Enamorados
A importância do bem escolher
O arcano VI do Tarot, chamado “Os Enamorados”, emerge como arcano conselheiro neste momento de sua existência, Charlotte. A recomendação para este momento é que você cesse os movimentos a fim de fazer escolhas mais racionais, uma vez que você se verá numa encruzilhada difícil de resolver. Não faça escolhas a partir de caminhos aparentemente mais fáceis, não se deixe guiar por impulsos emocionais levianos. Aceite a dúvida como algo que liberta, que permite que se pense melhor sobre tudo. Não se deixe guiar por impulsos emocionais e dê tempo ao tempo. Se você não consegue tomar uma atitude por não conseguir chegar a um resultado final, melhor nada fazer e esperar um tempo mais adequado. Conselho: Melhor esperar do que escolher precipitadamente.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Em tempo

Seria eu uma bulímica do amor?

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Coração com efeito sanfona

Pois é... minha dieta irregular de paixões e decepções mais uma vez me afetou. Mais uma paixão avassaladora, felicidade transbordante, excessos em tudo, porre de sentimentos, ressaca, mal estar, e finalmente, colocar tudo para fora - ou seria jogar tudo fora? - E agora estou aqui, com o coração murchiiiinho, magriiiinho, fraco, ferido, sem a menor vontade de bater forte ou se doar para alguém.

E o que mais me irrita é que SEI que em pouco tempo, o que me causou essa indigestão, vai voltar, justo quando eu estiver bem, satisfeita, servida e feliz. E o que é pior... eu vou dar uma de gulosa e aceitar! Quando é que eu vou aprender a alimentar direito o coração? Quando é que eu vou deixar me alimentar de paixões com prazo de validade vencido, por pura gula ou de aceitar restos de paixões alheias por uma fome insasciável capaz de me deixar doente?

A única coisa que me consola é que, estando em plena descida da montanha russa que é minha vida amorosa, o próximo passo será uma subida. Em outras palavras, no fundo do poço sempre tem uma mola e meu coração não vai morrer de inanição.