domingo, 25 de novembro de 2007

Momento de Histeria:

UUUUUUUUUUUUUUUI Gretaaa!!!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

A Noite do Superego Descontrol

(citando as coleguinhas do 02 Neurônio e sua expressão emblemática)

O que faz uma mulher sozinha em casa numa sexta feira quente de novembro?
Nada de relevante, claro. Inaugura oficialmente a noite do superego descontrol e manda ver.
A começar, prepara uma comida carregadésima de alho (que é pra enterrar de vez qualquer resquício de vontade de sair de casa que vá bater lá pelas duas da matina). Depois, abre uma lata de leite condensado. E termina com uma garrafa de vinho, pra facilitar a deprê que vai bater quando se der conta da quantidade de calorias ingeridas só por conta dum acesso histérico.
Mas o processo não está completo se não estiver recheado de momentos de navegação aleatória na Internet.
Estava até pensando em dedicar algumas linhas de cunho antropológico ao estudo das pessoas que se filiam a comunidades que "odeiam Sex and the City". Mas aí desisti, dado: 1) o percentual ínfimo de participantes diante da massa que se junta aos fãs da série e 2) o argumento fraco dos que dizem não gostar.
Eu não gosto dos Simpsons, e daí? Sou menos inteligente por isso?
Qual é o problema em mostrar quatro mulheres que não se prendem à vida celibatária enquanto buscam um cara de quem gostem de verdade? Qual é o problema em mulheres sairem sozinhas à noite, curtirem Cosmos (muito bom, aliás) e falarem um monte de merda? Qual é o problema em mostrar numa série que alguém é capaz de gastar fortunas em sapatos?
Obtive a resposta sem querer nesta semana. Um amigo largou a seguinte pérola: "Se nós, homens, fizéssemos de verdade tudo o que dizemos nas mesas de bar, não tinha mulher insatisfeita no mundo".
Aháá!! A questão é a seguinte: quando uma mulher fala que fez e aconteceu, podes crer que ela FEZ E ACONTECEU MESMO. Mas quando um homem diz... aí, meu filho, a coisa muda de figura. Tem atestado em duas vias? Com firma reconhecida? Testemunhas? Hein? Hein?
Então, resumi tudo numa pura e simples inveja. Ou, nas sábias palavras da Shania Twain, "the best thing about being a woman is the prerogative to have a little fun".
Não estou de modo algum dizendo que é o melhor lifestyle do mundo, nem pregando que Manolo Blahnik seja o fiel depositário de todas as nossas economias. Só acho que os críticos perderam o final da série: todas elas casadas, felizes e amando de verdade.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Não resisti...

... e mandei ver a tréplica dos comentários no post abaixo.
A cartela de roxos e rosas tá ficando bem bonita...

Insights do Mestre dos Magos

Tomei a liberdade de copiar o post do teu blog ahm, oficial, cara colega. Até Porque foi copiado de um mail meu, que foi copiado de outro lugar. E além disso, quanto mais divulgado melhor, para eles e para nós! ;)

Ah! Comentários da Loulou em Roxo e meus em Rosa calcinha (já que o choque-não-provoque tá em falta). Vai ficar um carnaval, mas é um mal necessário.

Aprendam. A redação é bobajada pero tem fundamento. Comentários de cortesia. Uma revista feminina realizou recentemente em Angra do Reis um seminário destinado às mulheres de todas as idades. Com duração de 3 dias, o encontro resultou nas seguintes conclusões abaixo:

1- Cheiro bom de homem é... de homem! Um perfume cítrico e aquele cheiro de banho tomado também são ótimos. Mas evite extravagâncias. (Se tiver um Carolina Herrera ou um Minotaure dando sopa por aí...) Putz, ainda prefiro aquele cheirinho de banho... de shampoo citrus e sabonete dove (o clássico) na pele... suspiros... Mas um bom Azarro também tem seu valor. Ah sim. Perfume doce, jamais! Aliás, devia ser proibido para mulheres também.
Tu conhece um chamado Joop? É pra acabar com qualquer preconceito. Deve ter algum ferormônio, sei lá.

2- Hálito de bebidas alcoólicas pode excitar (de "pouco" uísque, vodka, vinho e champagne). De cerveja e pinga, não. (Nunca beba sozinho. Me convide e o problema está resolvido). Endosso.

3- Você pode ter o cabelo como quiser, desde que não seja tigela, nem PINTADO. Você pode manter o cabelo limpo, mas nunca secá-lo com "escova". Você pode ser careca, as mulheres não ligam. Se você tem uma peruca, use-a no Natal, no presépio, como manjedoura do Menino Jesus! Implantes de cabelo, jamais! Eles dispersam a atenção de uma mulher: ao invés de ouvir o que você diz, ficamos hipnotizadas pelos tufos na sua testa! (Há! Perfeito) Ahhhhh, quem nunca teve cabelinho tigela que atire a primeira pedra... eu acho fofo! Mas realmente, cabelo de homem pintado sempre fica num acaju indefinido; peruca lembra o Zacarias e os tufos de implante? Hhahahaha, não parecem mini palmeiras? Talvez uma florista, paisagista, botânica ou dermatologista curta. De resto, NÃO!
Fofo é a palavra. Meu ursinho Peposo também era fofo. Francamente, de Romeus já me bastam os do Shakespeare.

4- Não se atreva a esmaltar suas unhas ou tirar as cutículas. Corte-as, e lixe-as apenas. Em ocasiões especiais, crave-as em nossas bundas! (Discordo em termos. Tem gente que tem estilo suficiente pra usar unhas até pretas, e daí?) Taí o Nuno Bettencourt que não nos deixa mentir, mas lembre-se... nunca, em hipótese alguma, corte as unhas em lugares públicos, ainda mais em lugares como supermercados.
Eu juro que tento esquecer as infâmias que a vida me fez passar, mas aí meu HD auxiliar lembra delas...

5- Se você tem calos na palma da mão, cultive-os (temos sugestões edificantes a respeito!). São úteis para que gritemos na sua cara: "Vem, meu estivador, mostra quem manda aqui!" (Que pândega, essa redatora)

6- Admitimos que você tenha barriga, mas não que seja uma enorme barriga. (Isso aí. Parem com a neura, pelamordedeus) Hummm... mas aí é justo que admitam nosso panceps de leve... ou celulite, ou, whatever... mas se não rola um tanquinho, eu particularmente prefiro o estilo Sadol... não tem barriga, mas também não tem músculo nenhum. Magro de ruim, ossinhos aparentes ;). Gosto não se discute, diria aquela velhinha comendo tatu.
E lá eles sabem o que é celulite? Francamente? Os que sabem são aqueles inclusos na definição do item 11. E... olha, não conheço um que não adote a máxima "tem de ter sustânça". Alguns chegam nos píncaros da "beleza renascentista", mas aí é pros puristas.

7- Pêlos no peito, gostamos. Em orifícios visíveis, como orelhas e nariz, pedimos clemência e tesourinha sem ponta! (Genial) Prefiro os IIINNNNDIIIIOOOOS AGOUUUUURA!!! Nada grave, pêlos esparsos no peito não fazem mal a ninguém, mas eu particularmente prefiro os mais lisinhos NATURALMENTE,claro. Agora... Bolas de pêlo a la Tony Ramos, por favor, mantenha a distância, tenho alergia!!!

8- Banho antes, sim. Logo depois, nunca! Algum tempo depois, hummmm... Pode ser! (Loulou endorses) Pousé... banho logo depois SOZINHO é uma das piores gafes, assim como sair correndo para escovar os dentes ou mesmo para tirar a camisinha. Tira na cama, dá um nozinho e deixa para ter ataquito de limpeza depois. E de preferência acompanhado!


9- Escovar os dentes é obrigação. (SIM! SIM! SIM!)
Jura que tu ficou colorindo as letrinhas uma a uma...

10- Máscaras de creme no rosto, só se você sofrer de micose ou for palhaço de circo. (Nem eu uso essas merdas...) Meeeedo mamãe... coisa de pré-puto.
Pré-puto é ÓTEMA! São eles que usam aquelas camisetas "vem cá meu macho"?

11- Homens com músculos definidos nos parecem másculos. Homens musculosos demais nos parecem indefinidos. Hahahahaha melhor definiçao EVER (PARECEM? Lembram do episódio Príncipe William na The Week?)
Tô devendo a história do Príncipe William aqui também, agora. Aguardem.

12- Há coisas que aterrorizam uma mulher: homens que usam cavanhaque, que usam camiseta regata, que usam shortinho bem curto e os que têm todos os discos dos grupos Abba ou Barbara Streisand. (Qualé o problema de um cavanhaque? O resto... é. Regata e shortinho dá paúra, nada menos) Acho que depende do cavanhaque, (pense em Johnny Depp de cavanhaque, não no Rubens Ewald Filho, pô!) E a regata e o shortinho... Ah, sei lá! E se o cara for maratonista? Depois botam o time de vôlei a jogar com aqueles bermudões maria-mijona reeedículos e todos reclamam... Nah! Eu sou favorável a não discriminação do shortinho... e da sunga! (pronto, falei). Agora... o que dá medo mesmo e deveria ser proibido POR LEI é bigode, sob pena de uma passagem só de ida ao Blue Oyster!!!
Cavanhaque: endosso, engrosso e faço coro. Regata: NO WAY. Shortinho: a saída é pela esquerda. Não estamos falando de trajes profissionais. Sunga: SIM! Não sendo de uma estampa ridícula, estamos apoiando. Bigode: sabe que eu nunca pensei nisso? E se a gente quiser brincar de século XIX?

13- Não se depile, a menos que: a sua mulher peça, você seja nadador, você seja masoquista. (Exato.) Leia.
Ai minha barriga. Ataque histérico de riso. Deve ser o ar do Guaíba.

14- Os homens bem arrumados e elegantes são os melhores de cama, comprovadamente. O resto só serve prá manutenção! (Discordo. E como!) Eu também discordo. E COMO tanto uns quanto os outros, só para não perder o trocadalho.
BOAAAAA! É por isso que essa parceria dá certo: uma passa e a outra marca. Eu ia falar em cruza e cabeceia, mas deixar mais uma na reta ia tornar o diálogo interminável.


15- Reconhecemos um homem pelo sapato que ele usa: não se atreva a usar um mocassim de bico fino cor de gelo nem meias brancas! (Sim, pelo amor da curupita) Aprendi a apreciar os sapatos de dança, bem lustradinhos, já são pelo menos uma promessa de um pas de deux... Mas assim... meia e sapato social, de BERMUDA merece pena de morte. Nada pior que canelas "de carpim" à mostra.
Tá, tá. Mas vamos combinar que meia branca nem no Michael Jackson coube bem. Sapatos de dança são sapatos de dança. Cada macaco no seu galho, e eles têm TODO o valor... principalmente calçando quem sabe o que fazer com eles!

16- Dentes brancos e bem tratados vão bem, mas não a ponto de você mastigar de boca aberta ou mostrar sua higiene com palito de dente a céu aberto. (Danuza Leão já pregava doutrinas a respeito há milênios nos seus livros. Palito de dente, só trancafiado no banheiro escuro) Lembrei de um colega nosso rodando o palito na boca enquanto jogava sinuca. Mas bastava ele entoar canudinho e tu bem que esquecia esse detalhezinho...
Não era pra estar fresquinho em Porto Alegre?


17- Se você for meio esculhambado, usar meia amarela, cueca furada, botina velha e camisa amarrotada, seja ao menos um tipo sensível: saiba poemas de cor ou faça o tipo "cineasta atormentado". (Que, cá entre nós, tem lá o seu charme. Sei lá, atiça o instinto cuidador) Mas camiseta furada no tribunal fica proibido desde já. Ou o encaminhamos ao primeiro albergue/ong, whatever.
No tribunal eu não sei, mas no cartório pelo menos é medida socioeducativa. Levemos nossas crianças para ver o que não se deve usar em público nem sob tortura!!

18- Na cama você pode fazer o que quiser, menos transar de meias sociais. (Será???) Se eu não enxergar as meias e puder usar também... (de algodao, social nem pensar) é justo, claro.
Isso. No inverno, então...

19- Nas roupas, prefira sempre o básico elegante, mas tenha no armário um uniforme de bombeiro ou pelo menos um quepe de policia rodoviária. Se a roupa não der ibope, o uniforme nós garantimos. (O uniforme e a crise de riso depois, né?) Aaaahhhh só pode rir depois???????????
Claro, né. Se rir antes estraga a performance!

20- Não beba álcool demais, nem de menos. Abstêmios, hare krishnas, mórmons e adeptos do Pró-vida são tão assustadores quanto serial killers. (Boaaaa) Sem falar que é um saco tu ficar morrendo de vontade de tomar aquela Polar e o mala sem alça pedir um suquinho e te olhar horrorizado pq tu baixou a ceva sozinha... tsctsctsc. AMADORIIIISMO!
Isso pra mim é quase uma pré-putice. No mínimo falta de cavalheirismo. Deixar a dama se embriagar sozinha...

21- Se você nunca come carne vermelha, acabará não comendo amarela, negra e nem branca também. (Me lembro de um vegetariano que conheci, e à menção de "sou vegetariano" me afastei cinco metros) Eu sou uma vegetariano-simpatizante. Simpatizo com o boi, mas não resisto ao cheirinho de churrasco. Shame on me... :(
Shame on you por que? Só porque tu não deixou de apreciar as boas coisas da vida? Ashes to ashes, flesh to flesh, baby.

23- Não tenha chulé. Se vira! (Isso aí.) Ou asa.
Excelente.

24- E lembre-se: se você se olha demais no espelho, acabará encontrando alguém à sua imagem e semelhança, não uma mulher. (Lembrar do Williamzinho cover nunca é demais. Não acabem brigando com bibas sobre quem tem o maior peitoral)

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Com as bênçãos de Bono Vox

Sagitário anda tão constante na minha vida que é até desanimador tentar falar deles.
Vou me restringir ao episódio mais interessante deles.

Papo ótimo, e só papo até aquele momento, e começa a tocar Beautiful Day, do U2.
E eu interrompi totalmente o que estava falando para começar a cantarolar a música, que me descontrola total. Toda pessoa devia ter o direito de acordar ouvindo Beautiful Day e pronto, essa seria a garantia do bem-estar e do bom humor em escala global.
Me dei conta de que deixei o mocinho a ver navios - ou melhor, a baleeira aqui cantando -, aterrisei e me desculpei.
- É que eu me perdi com a música.
E ele, me encarando:
- E eu me perdi noutra coisa...
E já era. It was a beautiful night.

Eita, ferro...

... continuar o blog depois duma dessas histórias impagáveis fica até difícil.
Mas tentemos, ora pois. E com uma dos arcos da velha.

"Sensações intensas é com eles. Uma relação recomendável, em geral, só até os 30 anos. Após esta idade, já se sabe que Drácula é melhor na tela que em casa: é um tal de querer o outro a todo minuto, que mal sobra tempo para respirar. O magnetismo entre o sensual touro e o sexual escorpião é tamanho, que nove e meia semanas de amor não dão nem para as preliminares. Se der certo, porém, isto é, se ambos chegarem a um pacto de não-agressão cada vez que o outro der uma olhadela para a mesa ao lado, não há força divina que os separe."

Médio.
O principal escorpiano da minha vida não foi isso tudo não. Era pacífico, o mocinho. Demos um desconto: tratava-se do meu primeiro namorado. Fofo. Um lorde - esse o principal problema para esta história.
Pero, como sempre há uma segunda tentativa pra validar a teoria, veio o segundo escorpiano.
Era um sujeito de quem eu já tinha ouvido falar muito. Amigo de amigo, aquelas coisas, tu precisas conhecer, blá blá blá. Um dia cheguei no balcão do bar e parei do lado de um sujeito. E aquele feeling. Não tinha nem visto a cara, mas a vibração não me enganava.
O amigo em comum chegou e comemorou a feliz coincidência, um do lado do outro, olha que legal. E eu, passando mal, calor.
Alto, moreno, mais velho. E aquele não sei o que ao falar, ao se mexer. Aquele olho esperto e vivo, aceso ao menor movimento.
Dali a umas semanas combinamos de sair. Fomos a um café e depois dançar.
É. Se é que se pode chamar aquilo de dança. Eu juro que achei que alguém ia chamar a polícia em algum momento. Por sorte, pistas de dança são escuras e têm cantos privilegiados que não configuram atentado violento ao pudor. Mas juro que em certo momento pensei que ia perder alguma peça de roupa. Aff. Calor de novo, só de lembrar.
E se a coisa não foi aos finalmentes, foi porque ainda tinha algum neurônio nesta cabeça. Afinal, isso faz quase dez anos e o superego deste corpitcho era bem maior.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Alergia a insetos

Eu tinha pouco menos de um aninho, estava num clube na zona suuuuuuuul de Porto Alegre - lá onde o diabo furou as meias (porque já tinha perdido as botas há tempos) - com meus pais, quando fui picada por algum insetinho. No início eles não notaram nada. Mas aos poucos eu fui ficando quietiiinha, sonolenta, fui inchando, ficando apática, me afastando da realidade... e quando eles viram, eu estava quase inconsciente, desmaiada. CHOQUE ANAFILÁTICO! aí foi aquela correria para a farmácia mais próxima. Imaginem a cena. Minha mãe, de biquini, entra farmácia adentro num bairro que é ermo até hoje.

- Preciso de adrenalina! E seringa! Rápido!
- A senhora tem a receita do médico?
- Eu sou médica, pqp! Minha filha ta no carro em coma! Me dá a merda da adrenalina de uma vez!!!

E foi assim que eu nasci de novo. Cena para pulp fiction nenhum botar defeito. Aos poucos fui perdendo o tom roxo, voltando a respirar, abrir os olhos... até ser eu novamente.

Vinte e três anos depois um inseto da mesma região da cidade me atacou sorrateiramente, tomou conta, envenenou minha vida e grudou em mim até me sufocar. No início, não notaram nada. Mas aos poucos eu fui ficando quietiiinha, sonolenta, fui inchando (só uns 20kg, coisa pooouca!) ficando apática, me afastando da realidade... e quando viram, eu estava quase inconsciente, desmaiada, sem graça, irreconhecível! CHOQUE ANAFILÁTICO!!!

O escorpião não me deixou em coma, mas quase. Estava numa depressão tão profunda com aquele parasita grudado na minha vida que foi preciso mais do que uma dose de adrenalina para eu me livrar daquele veneno perder o tom cinza, voltar a respirar, abrir os olhos... até ser eu novamente.

E foi assim que eu nasci de novo. E... ahm... acho que seguindo o exemplo do Obelix, eu caí dentro do caldeirão de adrenalina... pq até agora não consegui sossegar! ;-)

You're just too good to be true

Ehê!
Quando eu achava que já ia enferrujar os dedinhos da versão etilizada (não, não errei não, é etilizada de etílico mesmo) de mim escritora, eis que aparece mais uma contribuição que me deixa a pensar.
Na balança dos librianos eu errei feio. Faço meu mea culpa aqui. À época me esqueci totalmente do melhor libriano de todos os tempos. Disparado.
Estava no boteco, eu e o Jack, companheiro inseparável de lei. E ELE pára do meu lado. E é tão fofo que até o barman reparou que eu quase caí do banco. Perguntei por ele. Ele sumiu, oh céus. Mas voltou... era a minha chance de dizer alguma merda ou perder aquela fofice para todo o sempre. Respirei fundo e mandei ver na única asneira que me ocorreu.
- Hey Elvis!
Ele me olhou, deu AQUELE sorriso de lado enquanto ao longe uma banda imaginária mandava ver "Hound Dog", balançou a cabeça ajeitando o topete e mandou:
- Hey Priscilla!
Feito.
Nocaute em um tempo. No melhor estilo "a little less conversation, a little more action".
Os ouvintes da história na época têm dúvidas se fui eu a nocauteada ou ele. Não vem ao caso. O que interessa é que eu cheguei em casa às nove da manhã, depois de ouvir as mentiras sinceras mais fofas do universo. Coisas do quilate de "estou apaixonado", "quero cozinhar pra ti um dia desses" e "a gente podia casar, se tu viesse pra cá ou eu fosse pra lá".
No caminho pra casa, "quando é que a gente vai se ver de novo?"
"Olha, provavelmente nunca".
"Ah não. Mas eu QUERO te ver de novo".
"Tá, então eu te acho."
E com que cara a gente responde pra mãe onde é que a gente estava?
Com a mais lavada do mundo, é claro.
"Ah, mãe, fui ver onde o Elvis mora".
E ia ficar só nisso.
SE...
a balança do libriano não tivesse pendido pro seu próprio lado.
Cheguei em casa sem um dos meus brincos. Favoritos. Maldição. Perdi o diabo do brinco, e Deus queira que tenha sido em Graceland.
Tive de achar o Elvis na web. E aí começou o suplício.
Porque o papo do Elvis era ótimo, tudo de bom, uma gracinha, a coisa mais fofa do mundo. Mas ele estava lá, e eu aqui. E sim, ele achou o meu brinco.
Dali a dois meses, nos encontramos de novo. E ele foi impecável, delicioso, uma coisa.
Tão perfeitinho nos seus defeitinhos que eu nem percebi em tão pouco tempo que as mesmas sinetinhas que tilintavam "You're just too good to be true" nos meus ouvidos também soaram dizendo que ele não ia durar muito tempo solteiro.
Dito e feito. Uma sortuda qualquer agarrou a chance com unhas e dentes.
Quanto a mim...
I ain't nothing but a hound dog, cryin' all the time...

Balança mas não cai...

Que nem esse bloguito. Ficou tão paradinho que quase caiu... mas como diria o Annonimous... VOLTAREMOS!! Pois bem, vamos ao que interessa então.

Dizem que depois dos 25 ou 30 anos, ficamos cada vez mais com as características do nosso ascendente, deixando as do signo solar em segundo plano. Pois eis que li a seguinte pérola sobre um libriano a beira de um ataque de nervos:
"... um libriano se desequilibra muito facilmente. O esforço contínuo para ser adorável pode ser apenas um sintoma da síndrome de Groucho Marx: ele jamais entraria para um clube que o aceitasse como sócio, porque lá no fundo, não gosta muito de si mesmo." (Use e Abuse de seu signo, Marilia Pacheco Fiorilla e Marylou Simonsen - Loulou, me corrige depois na forma de colocar isso, que sei que está errado).

Pois bem... a minha mega insegurança, que inclusive me bloqueou para escrever esse textinho por tanto tempo, pode ser culpa desse meu ascendente que tenta agradar gregos e troianos e acaba por se perder paralisado. E talvez meu karma com librianos venha dessa mesma natureza e daquela coisinha chamada empatia. Porque é inacreditável o número de balanças que cruzam o meu caminho e complicam a minha vida. Perdendo apenas para os cabritos. Portanto, historias com librianos tenho várias, difícil eleger alguma. Mas acho que consigo enumerar alguns pontos comuns a todas.

Situação: conheço um libriano e me encanto, aos poucos, nunca perdidamente, por ele. Existe sempre um fator complicante. Uma namorada, uma ex que ainda incomoda, uma família que é contra (ou uma familia que é a mesma... sim sim, estamos falando de primos), uma viagem marcada, um amigo dele que já teve algo comigo... Em suma, sempre tem um rolo. Mas eles têm o dom de me conquistar no dia a dia, na base da amizade, no companheirismo. Fazem coisas fofas do tipo bancar o lobista para centenas de pessoas para me ajudar num concurso; dedicar musiquinhas meigas para todo mundo ver no meu orkut - sem nem ligar se a namorada vai descobrir - pois afinal de contas, é "só uma declaração de amizade"; Se passar por meu namorado para espantar malas em festas; Fazer palhaçada e me matar de rir se jogando numa parede do prédio da faculdade enquanto diz que é uma lagartixa ou quase pulando no meu colo numa cena de suspense no cinema (uuuiii que medo). Tudo sem muita dose de ardil (aham, vai pensando), até que, quando eu vejo, tô enrolada até o pescoço no charme dessa criatura e nem lembro que de fato existe um empecilho.

Desenvolvimento: e aí que um belo dia eu SONHO com esse amigo... é, filha, tarde demais. Ele invadiu meu inconsciente. Daí para a frente, cada dia eu vou pensar mais nele e vou começar a ter dúvidas se é realmente é só carinho de amigo ou se a respiração ofegante dos dois no cinema, no carro antes de ir embora ou no telefone depois de falar bobagem é crise de asma ou lascívia. E aí quando menos espero, estamos quase pelados em plena web cam, nos arrumando um para ver o outro dali a meia hora, pedindo sugestão de roupa (aham) enquanto nos provocamos mutuamente e a asma só piora...

E numa tarde de estudo de estatistica, num posto de gasolina bebendo um suco ou em pleno café de uma livraria, um imã desgovernado nos faz grudar um no outro fisicamente também (já que os sonhos, o intelecto e até as respirações já andavam juntas ha tempo). PUTAQUEPARIUMEUGATOPÔSUMOVO... não há quimica mais viciante que essa, sei lá se por conjunção astral ou porque foi uma coisa galgada com tempo, cada milimetro conquistado como quem não quer nada, no maior estilo mineirinho come quieto. Impossível resistir, até porque, como boa canceriana, eu não pago impostos para me apaixonar - "um canceriano ama o amor, não importa qual" - Caio de quatro. E é aí, invariavelmente, os problemas aparecem. E aquele empecilho, lembra? Sai de debaixo do tapete e me faz tropeçar para fora do mundinho cor-de-rosa.

Resultado: aí a namorada (ou ex) descobre tudo, a familia condena, a viagem acontece e o libriano, além de sair correndo, ainda tem o dom de me deixar culpada. "Como assim tu deixou aquele depoimento no orkut?" "Como é que a tia fulana viu minhas fotos?" "Eu te ligo quando eu posso, mas não me liga que tu sabe que minha família é contra eu namorar não judias"... e a melhor de todas "Como é que tu viaja para o Rio e fica com um ex? Sim, eu tenho namorada, mas uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa e não consigo mais te ver com os mesmos olhos..." Ééééééé... quem disse que librianos são justos? Para eles é dois pesos e duas medidas. São justos quando lhes convêm e aquela imagem que representa o signo, da balança e da justiça, na verdade simboliza o talento nato do libriano em ser advogado... do diabo!

E a famosa diplomacia libriana? Confirmadíssima! Que outro ser no mundo ia te fazer barbaridades e ainda conseguir te deixar culpada? Só com muita diplomacia, jogo de cintura e um encanto fora do comum, talvez por influencia de vênus. E o pior é que meses depois tu nem lembra mais que tá braba com eles ou por que se zangou. Só o que vem a tona é aquele ser adorável, que de uma forma ou de outra, vai se manter presente para sempre na tua vida, com recaídas constantes, sempre que ele quiser.

Ah sim... sabe aquela venda nos olhos da imagem da balança? Quem se apaixona por um libriano é que fica vendado, cego para os defeitos e os problemas. Pode tirar a venda a hora que quiser, mas por que vai querer, né? Tá, mas é bom eu parar de falar mal deles por aqui, afinal tô em pleno processo de metamorfose, com cada vez mais influencias de libra e é bom não jogar contra meu futuro time ;) . Aqui cabe a velha máxima, se não pode vencê-los, junte-se a eles!!!