quarta-feira, 23 de maio de 2007

Gosto muito de você, leãozinho...mas pára de arrumar o topete e vem cá meu lôro!


O dono da juba de ouro do meu coraçãozinho (ui que brega) já mostrava traços leoninos desde cedo. Sabe aquela fase que os pequenos sonham em ser médicos, pilotos de avião, jogadores de futebol, bailarinas, e até presidentes? Pois este filhote de leão (raio da manhã) achava tudo isso muito furreca e sonhava em ser: ASTRONAUTA, PAPA (não, não bastava ser padre, tinha que ser PAPA, afinal, o Papa é pop) ou REI (queeeee presidente o que!) E mais, dizia que quando crescesse, trocaria de nome para LEOPOLDO, definitivamente um nome bem pomposo, apropriado para papas e reis. Megalomania? Nah, quéiiiisss, imagina!!!

Nos conhecemos na adolescência, eu tinha 14 e ele era "sexy and seventeen", com sua juba proeminente ainda. À primeira vista ele me pareceu um menino simpático, bonitinho e até humilde, inseguro... e a propaganda enganosa correndo solta!

Ficamos amiguinhos por uns meses até rolar o primeiro beijo, numa clássica "Festa do Havaí". Ele foi fofíssimo, um verdadeiro gatinho, carinhoso, ronronante, conquistador. Claro que a carangueja carente aqui caiu de quatro. Para completar, a família toda do moço me acolheu como sua, o que é o verdadeiro paraíso na terra para uma canceriana espaçosa que se preze (vide post a esse respeito).

Por conta desse convívio com a família foi que conheci o lado "grrrrrrraaaawwww" da fera. Furioso por eu ter tomado conta do território dele e me infiltrado inadvertidamente no seu bando. Projetou as garras para fora, deu aquela rosnada e me mandou longe. Eu, que não sou boba nem nada, saí de fininho...

Oito anos se passaram e eis que foi a vez do felino futucar a minha toca e, em pleno aniversário da minha prima (o qual eu não estava, mas ele sim - veja só) ele perguntar por mim e me intimar a ir na festa forte que aconteceria logo mais. A curiosidade matou o gato... e o caranguejo também. "Vim, vi e venci", mais ou menos isso resume a minha chegada na festa. Reencontrei o moço e em menos de duas frases, nos perdemos em algum canto da festa.

Só que junto com ele, reencontrei a familia dele, que eu realmente gosto muito, principalmente da irmã mais nova que é minha amiga e sempre será minha-eterna-cunhada-que-nunca-foi. Pois a irmã me convidou para, no dia seguinte, irmos no Brique(para os não iniciados, o "brique" é um lugar típico de porto alegre, chimarródromo oficial) no dia seguinte, visto que, durante a festa não conversamos, afinal o maninho dela me monopolizou. Mais uma vez acabei por provocar a fera, que me espantou com um rugido de dar inveja à MGM.

Mais 4 anos dois casamentos e uma filha (!) depois, e a fera é encontrada na noite portoalegrense, no maior estilo (como a propria irmã dele muito bem definiu) "galã de rodoviária". É incrível como nos bastam 3 frases de pouquíssimas palavras!

- Oi! Tu por aqui!
- É. Tá solteira? Eu tô
- Tô

Dush! Direto para o canto! Claro, não preciso dizer que no dia seguinte ele teve outra crise de "todo-poderoso-máximo-ser-supremo e disse: ai, vamos deixar assim, senão tu te apaixona de novo por mim, fica proxima da minha família e eu não to querendo compromisso agora. HEIN? Alguém falou nisso? Alguém? Alguém? A única coisa que eu queria, por mera curiosidade de quem tem lua em sagitário era saber como um felino se porta no leito, mero interesse científico! Mas que nada, nesses anos todos, nada além de beijinhos, carinhos e juras de paixão (da parte dele, que fique bem claro) - será que eram para o espelho atrás de nós? - Anyway, nada além disso rolou. Será que ele tem medo que eu aperte minhas pinças em lugares impróprios, bilisque a bunda e deixe marcas indeléveis na pelagem? Não sei, mas sei que marca mesmo eu deixei no id dele, pq de tempos em tempos nos encontramos e apenas o ato do encontro destrói o superego, ele esquece de tudo e me arrebata. Quem sabe daqui ha mais quatro anos eu não termino minha pesquisa de campo? Se descobrir conto para vocês.

Ah sim, mas de uma coisa serviram as 3 tentativas e erros anteriores. Por nada nesse mundo (muito menos por miados e rugidos) eu me afasto da minha amiga, que se mostrou muito mais presente constante que o gatinho da família e nunca, jamais, foi uma isca para tê-lo por perto. E ele que não se meta à besta porque ela é do meu clã também e se ele sabe arranhar eu sei beliscar!!

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