Ehê!
Quando eu achava que já ia enferrujar os dedinhos da versão etilizada (não, não errei não, é etilizada de etílico mesmo) de mim escritora, eis que aparece mais uma contribuição que me deixa a pensar.
Na balança dos librianos eu errei feio. Faço meu mea culpa aqui. À época me esqueci totalmente do melhor libriano de todos os tempos. Disparado.
Estava no boteco, eu e o Jack, companheiro inseparável de lei. E ELE pára do meu lado. E é tão fofo que até o barman reparou que eu quase caí do banco. Perguntei por ele. Ele sumiu, oh céus. Mas voltou... era a minha chance de dizer alguma merda ou perder aquela fofice para todo o sempre. Respirei fundo e mandei ver na única asneira que me ocorreu.
- Hey Elvis!
Ele me olhou, deu AQUELE sorriso de lado enquanto ao longe uma banda imaginária mandava ver "Hound Dog", balançou a cabeça ajeitando o topete e mandou:
- Hey Priscilla!
Feito.
Nocaute em um tempo. No melhor estilo "a little less conversation, a little more action".
Os ouvintes da história na época têm dúvidas se fui eu a nocauteada ou ele. Não vem ao caso. O que interessa é que eu cheguei em casa às nove da manhã, depois de ouvir as mentiras sinceras mais fofas do universo. Coisas do quilate de "estou apaixonado", "quero cozinhar pra ti um dia desses" e "a gente podia casar, se tu viesse pra cá ou eu fosse pra lá".
No caminho pra casa, "quando é que a gente vai se ver de novo?"
"Olha, provavelmente nunca".
"Ah não. Mas eu QUERO te ver de novo".
"Tá, então eu te acho."
E com que cara a gente responde pra mãe onde é que a gente estava?
Com a mais lavada do mundo, é claro.
"Ah, mãe, fui ver onde o Elvis mora".
E ia ficar só nisso.
SE...
a balança do libriano não tivesse pendido pro seu próprio lado.
Cheguei em casa sem um dos meus brincos. Favoritos. Maldição. Perdi o diabo do brinco, e Deus queira que tenha sido em Graceland.
Tive de achar o Elvis na web. E aí começou o suplício.
Porque o papo do Elvis era ótimo, tudo de bom, uma gracinha, a coisa mais fofa do mundo. Mas ele estava lá, e eu aqui. E sim, ele achou o meu brinco.
Dali a dois meses, nos encontramos de novo. E ele foi impecável, delicioso, uma coisa.
Tão perfeitinho nos seus defeitinhos que eu nem percebi em tão pouco tempo que as mesmas sinetinhas que tilintavam "You're just too good to be true" nos meus ouvidos também soaram dizendo que ele não ia durar muito tempo solteiro.
Dito e feito. Uma sortuda qualquer agarrou a chance com unhas e dentes.
Quanto a mim... 
I ain't nothing but a hound dog, cryin' all the time...
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
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Um comentário:
O "Heartbreak hotel"foi fundado e é administrado por librianos, sabia?
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