(citando as coleguinhas do 02 Neurônio e sua expressão emblemática)
O que faz uma mulher sozinha em casa numa sexta feira quente de novembro?
Nada de relevante, claro. Inaugura oficialmente a noite do superego descontrol e manda ver.
A começar, prepara uma comida carregadésima de alho (que é pra enterrar de vez qualquer resquício de vontade de sair de casa que vá bater lá pelas duas da matina). Depois, abre uma lata de leite condensado. E termina com uma garrafa de vinho, pra facilitar a deprê que vai bater quando se der conta da quantidade de calorias ingeridas só por conta dum acesso histérico.
Mas o processo não está completo se não estiver recheado de momentos de navegação aleatória na Internet.
Estava até pensando em dedicar algumas linhas de cunho antropológico ao estudo das pessoas que se filiam a comunidades que "odeiam Sex and the City". Mas aí desisti, dado: 1) o percentual ínfimo de participantes diante da massa que se junta aos fãs da série e 2) o argumento fraco dos que dizem não gostar.
Eu não gosto dos Simpsons, e daí? Sou menos inteligente por isso?
Qual é o problema em mostrar quatro mulheres que não se prendem à vida celibatária enquanto buscam um cara de quem gostem de verdade? Qual é o problema em mulheres sairem sozinhas à noite, curtirem Cosmos (muito bom, aliás) e falarem um monte de merda? Qual é o problema em mostrar numa série que alguém é capaz de gastar fortunas em sapatos?
Obtive a resposta sem querer nesta semana. Um amigo largou a seguinte pérola: "Se nós, homens, fizéssemos de verdade tudo o que dizemos nas mesas de bar, não tinha mulher insatisfeita no mundo".
Aháá!! A questão é a seguinte: quando uma mulher fala que fez e aconteceu, podes crer que ela FEZ E ACONTECEU MESMO. Mas quando um homem diz... aí, meu filho, a coisa muda de figura. Tem atestado em duas vias? Com firma reconhecida? Testemunhas? Hein? Hein?
Então, resumi tudo numa pura e simples inveja. Ou, nas sábias palavras da Shania Twain, "the best thing about being a woman is the prerogative to have a little fun".
Não estou de modo algum dizendo que é o melhor lifestyle do mundo, nem pregando que Manolo Blahnik seja o fiel depositário de todas as nossas economias. Só acho que os críticos perderam o final da série: todas elas casadas, felizes e amando de verdade.
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
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