Até que enfim. Já não guentava mais ficar escrevendo em bloco de notas!
Tudo bem que essa minha historinha de libriano é chata. Mas existe algum libriano bacanérrimo de quem falar?
"Na pior das hipóteses, devem ser sócios num antiquário. Ou numa empresa de relações públicas. Ambos são ligadíssimos em artes em geral, inclusive a arte da persuasão. Se forem felizes, freqüentarão juntos todas as mostras de cinema, exposições e leilões. Coquetéis também, mas aí algumas divergências podem se manifestar. O touro só irá ao coquetel se o uísque for de primeira linha. O libriano irá para ver e ser visto, e, se possível, impressionar, com comentários sedutores, o artista homenageado. Como o touro não é muito chegado a joguinhos de sedução, vai interpretar de maneira lastimável os modos librianos."
Meu primeiro beijo foi com um libriano.
Mas isso foi há muito tempo.
Há muito tempo também apareceu outro libriano assim, de bobeira, na minha vida. Ele tinha cabelos longos e cacheados, e da primeira vez que o vi tinha aquela cara de recém saído do banho. Os cabelos molhados e aquele perfume. E o humor, meu Deus. Acidez a toda prova. Só podia dar merda.
E deu.
Ele se apaixonou. Fez poemas, fazia pequenos escandalozinhos de demonstração de afeto, escancarava pra deus e pro mundo o quão víbora eu era porque renegava aquele amor tão genuíno.
Só um libriano teria verve suficiente pra dar de presente de aniversário um livro e esconder nele um poema. Tão escondido que eu levei uns seis meses, acho, pra encontrar. Tomei o maior susto.
Mas o tempo passa, né? Dia desses encontrei com ele na rua. Casado, com filhos e tudo o mais. Apresentei aos meus acompanhantes como sendo o "meu" amigo e deixei bem claro que como boa taurina era tudo meu, sempre. Rindo.
E ele, igualmente rindo, responde "É, só que aqui tu nunca veio tomar posse, né?"
Fazer o que? Tsc tsc tsc.
quarta-feira, 4 de julho de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
 
 
 
 
Um comentário:
tu não vai para o céu! ;)
Postar um comentário